segunda-feira, 25 de março de 2013

Guaratinguetá usa tecnologia para prevenir lesões na Segunda Divisão


É melhor prevenir do que remediar. Esse é o lema da comissão técnica do Guaratinguetá nesta temporada. quando disputa o Campeonato Paulista da Segunda Divisão (Série A-2) e já está classificado para os quadrangulares decisivos, quando brigará pelas quatro vagas de acesso ao Paulistão 2014.
 
Seguindo a evolução do setor de fisiologia dos grandes clubes, o Guará tem realizado testes que analisam indicadores bioquímicos. Esses não ajudam no desempenho, mas auxiliam na recuperação dos atletas após as partidas.
 
Entre vários testes que existem hoje no mercado, o auxiliar de preparador físico e fisiologista da Garça, Claudinei Afonso, o Dudi, optou pelo CK (Creatina Quinase), uma enzima que existe dentro do músculo e que aumenta no sangue quando há sobrecarga muscular.
 
``Esse controle é feito de acordo com a competição. Quando você pega a semana cheia, como está acontecendo no Campeonato Paulista da A-2, você tem que ter esse controle da enzima do atleta´´, disse Dudi.
 
A CK aponta o grau de esforço que foi feito, particularmente, no dia seguinte à realização da atividade. É um indicador importante para analisar o quanto o atleta se ressentiu no dia anterior.
 
``Quando o atleta se apresenta ao clube, é feito o teste para se ter a taxa basal. Então temos um parâmetro. Esse atleta chega em um nível bom, não está cansado, não teve sequência de jogos. Então a partir desse número você já começa a conhecer o atleta´´, explicou.
 
O fisiologista explicou que cada jogador tem um número usado como parâmetro.
 
``Cada atleta tem a sua individualidade biológica. Para cada um é um valor. Tem atleta que chega com uma taxa baixa com 120 e com uma sequência de jogos ele vai para 500. Tem outros que já chegam com o nível de 600 e na partida vai a quase dois mil´´, falou.

Essa medição é feita com um aparelho que o atleta coloca o dedo e tira uma gota de sangue. A medida que vai aumentando, é sinal que o atleta precisa de descanso.

``A gente estabelece um parâmetro de acordo com a primeira coleta e assim vai tendo o controle. Quando passa dos 600 ou 700 já temos que ficar atentos. Então retiramos o atleta do treino, porque ele pode vir a ter problemas futuro, com lesão muscular´´, contou.
 
Como o teste se torna relativamente caro para ser aplicado em grande escala, o fisiologista prioriza os atletas que atuam com mais frequência.
 
``Priorizamos aqueles que têm um volume de jogo maior. Como o Guará está fazendo um rodízio, cerca de 18 atletas estão sempre atuando, a cada partida fazemos com os dez, o goleiro não faz. Quando o atleta não irá participar do próximo jogo, então também não fazemos o CK´´, concluiu.
 
Esse controle é feito também na pré-temporada. Durante a competição a comissão técnica já vai conhecendo o corpo do atleta, o que facilita também no regenerativo.
 
``Uma vez que você tem o controle no dia a dia, e quando mais de 60% do grupo está reclamando de cansaço é interessante fazer esse acompanhamento, como preventivo para lesão. Você vai conhecendo o jogador ao longo do campeonato e o próprio atleta te dá essa resposta´´, finalizou Dudi.

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