O folclórico volante Amaral, que despontou ao futebol com a camisa do Palmeiras, e girou o mundo atuando em vários países, além defender o Corinthians, Grêmio, Vasco, Atlético-MG e Vitória, vai voltar ao futebol paulista. Aos 36 anos, o jogador assinou contrato com o Catanduvense e vai disputar o Campeonato Paulista da Segunda Divisão (Série A-2).
Amaral estava atuando no desconhecido Perth Glory, da Austrália. O jogador retornou ao Brasil pensando em encerrar a carreira. Ele trocou ideias com Juninho Paulista, presidente do Ituano e que vai disputar o Paulistão de 2010 com a camisa do time de Itu, e recebeu proposta para reforçar o clube na próxima temporada.
Mas, enquanto estudava a proposta do Ituano, Amaral ficou animado com a oferta feita pelo Catanduvense e decidiu disputar a Segunda Divisão do Paulista em 2010.
Em suas aventuras por clubes do exterior, o volante Amaral tem muita história para contar. Recentemente, antes voltar para o Brasil, o jogador teve uma surpresa nada agradável. Após um treino no estádio Members Equity, casa do Perth Glory, seu último clube na Austrália, o atleta teve o carro arrombado e os documentos levados. Além do prejuízo material, o agora jogador do Grêmio Catanduvense entrou em desespero porque tinha viagem marcada para o Brasil.
- Rodei pela cidade por 15 dias na tentativa de achar algo. Procurei minha identidade, CPF e passaporte nas lixeiras do estádio durante uma semana. E descrevi como era a minha carteira a todos funcionários do clube na esperança de alguém me ajudar. Só que nada foi encontrado -contou ao site oficial do Catanduvense.
Sem falar inglês, Amaral contou que um boletim de ocorrência para tentar recuperar os documentos. Mas nem essa situação o tirou do sério.
- Os policiais fizeram um boletim de ocorrência de qualquer jeito porque não sei falar inglês. A minha sorte é que o meu empresário, depois de muito insistir, arrumou um outro passaporte na embaixada brasileira e hoje estou aqui em Catanduva - brincou.
De bem com a vida, Amaral fez questão de afirmar que tem 36 anos, mas ainda continua com corpinho de 18. E o seu acerto com o Catanduvense tem tudo a ver com os seus familiares, que moram na cidade de Capivari, no interior de São Paulo.
- Um dos pontos para retornar ao Brasil foi o fato de ficar mais próximo dos meus filhos. Tudo que eu conquistei já está conquistado. Agora quero ajudar a escrever a história do Catanduvense. É um projeto bom para levantar a equipe e trazer à Primeira Divisão do Paulista. Penso em jogar mais uns três anos antes de encerrar minha carreira - afirmou o volante.
Segundo Amaral, estar no Grêmio Catanduvense, é uma responsabilidade muito grande. Ele quer ser exemplo para os demais jogadores. Dentro e fora de campo.
- Estou aqui para dar exemplo para os meus jovens. Num posso sair atirando por aí (risos). Tenho que dar exemplo. Aprendi muito na vida e tenho certeza que posso ajudar. É mesclar a minha experiência com a dos jogadores mais jovens - analisou.
Além do volante Amaral, a diretoria do Catanduvense contratou também o ex-árbitro Ilton José da Costa para ser o gerente de futebol.
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