Um campeonato longo, com 38 rodadas, jogos no meio e finais de semana. Chuva, sol, viagens, campos bons, outro em péssimas condições. Em meio à luta para retornar à Série A do Campeonato Brasileiro, o São Caetano lança um desafio: zerar o departamento médico. Ou seja, com tratamentos preventivos espera evitar lesões no decorrer do torneio e deixar o maior número de jogadores possíveis à disposição do técnico Sérgio Guedes.
Contra a Portuguesa, o comandante não teve jogadores suspensos e não sofreu com baixas físicas. A volta de Vandinho, após dez meses recuperando-se de uma cirurgia, foi o marco de um trabalho realizado pela equipe de fisioterapia e médica do Azulão.
Desde o início do ano, a equipe de fisioterapia, comandada por Bruno Fontes, adota medidas preventivas.
- Separamos os jogadores em grupos em que identificamos pequenas dores, como no púbis e musculatura das coxas. Eles chegam antes dos treinos e fazemos prevenção, fortalecendo a região que pode um dia gerar uma lesão. Não temos o poder de evitá-las, mas temos obtido sucesso ao deixar a musculatura dos atletas em condições de suportar esta longa maratona de treinos e jogos - afirmou Bruno.
FORTALECIMENTO
Alinhamento do quadril (com a técnica de Dejarnette, com uso de cunhas na cintura), fortalecimento da região abdominal, ventosas (que ajudam na circulação sanguínea) e bolas de tênis (relaxamento de tensões musculares) são algumas das inúmeras técnicas usadas nos jogadores.
- Dores são comuns em atletas profissionais. Vivemos de nosso corpo, que chega ao limite nas partidas. Tenho chegado mais cedo, feito o trabalho de prevenção com a fisioterapia e me sinto mais fortalecido para executar movimentos no campo e na academia. O que o jogador menos quer é parar no departamento médico. Isso é ruim para o atleta, o treinador e o clube. Com um elenco forte, todos querem ficar à disposição - contou o lateral-direito Artur, vice-artilheiro do time com quatro gols.
Todos os dias a equipe de preparação física, de fisioterapia e médica questionam os jogadores para saber como estão fisicamente, se há dores que possam ser resolvidas.
- Muitas delas conseguimos resolver rapidamente com este trabalho. Nossa missão é não deixar o jogador parar no departamento médico. Exceto lesões de contato ou torção, temos controlado bem estas dores que podem gerar com o tempo algo mais significativo - finalizou Bruno.
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