Com sete anos de trabalho e o técnico estrangeiro que mais trabalhou na J-League (Campeonato Japonês), o treinador brasileiro Levir Culpi tem experiência de sobra para fala da seleção japonesa, que encara o Brasil, nesta terça-feira (16/10), em amistoso que será realizado na Polônia. Vale lembrar que o Japão vem de vitória por 1 a 0 diante da França, em Paris.
``A experiência pode pesar, mas o Japão tem condições de surpreender, como fez contra a França no ultimo amistoso. A característica é de um futebol de velocidade, bem aplicado taticamente´´, justifica Levir Culpi.
Segundo Levir, a evolução do futebol japonês, que completou 20 anos de profissionalismo em 2012, tem tudo a ver com a competência administrativa dos clubes.
``Os campeonatos da primeira e segunda divisão são muito mais bem organizados que no Brasil e as categorias de base no Japão contam com profissionais qualificados, formam atletas e obrigam a frequência na escola´´, lembra o brasileiro.
O técnico brasileiro foi responsável pela revelação de três atletas da seleção japonesa. Entre ele, Shinji Kagawa, chamado de Messi japonês, que foi contratado pelo Manchester United por R$ 58 milhões junto ao Borussia Dortmund.
``Kagawa tem um poder físico acima da média e consegue controlar a bola com as duas pernas e com facilidade´´, analisa .
Inui, do Eintracht Frankfurt, da Alemanha; e Hiroshi Kiyotake, do Nuremberg, também do futebol alemão, são os outros dois destaques do Japão.
Para o treinador brasileiro, a maioria dos clubes japoneses segue a linha do futebol europeu, mas pelo menos dois deles se inspiram no futebol brasileiro.
``A primeira referência é a Europa, mas equipes como o Kashima Antlers e o Cerezo Osaka optaram pelo Brasil. O Kashima tem essa linha desde o Zico. O Cerezo não tem um orçamento muito alto, mas investe em comissão brasileira e em jogadores jovens´´, ressalta Levir.
Fonte e foto: Ace Comunicação
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