O Campeonato Paulista terminou para a Ponte Preta nas quartas de final, após perder por 4 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro. Mas a diretoria, para garantir o acesso à série A, já está iniciando um processo de reformulação do elenco que disputará a Série B.
Confira algumas análises do diretor de futebol Hélio Kauzo sobre este processo.
Como o senhor viu a participação da Ponte no Paulista?
Como torcedor ainda estou chateado pela eliminação, ninguém queria perder de 4 a 0, mesmo sendo para o melhor ataque do Paulista. Mas temos que colocar as coisas em perspectiva: até por nossa situação financeira, montamos time como limitações e tivemos começo difícil. Com a chegada do Vadão, demos uma arrancada, encaixamos melhor o time e chegamos pela quarta vez consecutiva na segunda fase do Paulista. Então, chegamos até onde podíamos, mas temos que pensar agora é no Brasileiro. Desde o ano passado, o presidente já tem dito que nossa meta maior, nosso objetivo, é voltar à série A. Então o time tem que honrar a camisa sempre, entrar para vencer em todas as competições, mas nosso ano começa agora.
Por que fazer reformulação neste momento?
É natural que antes de começar a Série B façamos adequações no elenco, para melhorar o que é preciso. Não temos como colocar prazo porque muitas vezes a negociação que estamos fazendo depende de burocracias que levam mais ou menos tempo. O que podemos dizer é que estamos acelerando esse processo ao máximo, até mesmo para ganharmos tempo em treinos e entrosamento.
Quantos saem? Quantos devem vir?
Não existe lista de quem vai sair e da mesma maneira não dá para falarmos neste momento em número específico de reforços. Com certeza a base será mantida, mas estamos conversando com o treinador e atentos ao mercado para trazer jogadores nas posições em que ele considerar necessário a cumprir a meta principal deste ano, que é subir.
Mas podemos falar em um perfil dos atletas?
O perfil para série B é de força e velocidade para série B. O Edno, que já contratamos, é exemplo do perfil que estamos trabalhando.
Se fala na mídia de nomes como Cafu e Goiano (XV), Danielzinho (BOT), Rodriguinho (COR), Rafael Silva e Anderson Sales (ITU).
Eu sei que tanto os torcedores quanto os próprios jornalistas estão ansiosos para que confirmemos nomes, mas a política da Ponte Preta em relação a isso é clara: só podemos anunciar quem está com contrato assinado ou chegou para fazer exames. Gostaria muito de adiantar este ou aquele nome, mas não podemos.
Os jogadores da base continuarão a ser aproveitados?
Temos estudo, que será divulgado em breve, que mostra que, ao lado do Santos, somos o time que mais usou atletas formados na própria base neste ano. Isso é muito importante e temos revelado bons talentos. Então precisamos dar continuidade a este trabalho cada vez mais e continuar usando nossos atletas.
Chegou a se falar, também na mídia, de salários atrasados. Isso é real?
A Ponte está passando por nova realidade financeira, com receitas menores, às vezes há dificuldade para cumprir alguns compromissos em dia e assim aconteceram algumas situações, como atraso nas antecipações mensais de salário. Também há dois ou três jogadores que tiveram atraso de pagamento de direito de imagem por questões burocráticas, mas isso está sendo acertado. Salários, porém, estão em dia e têm de estar, é obrigação da instituição que, justamente pelo fato de não estar fazendo loucuras e ter administração responsável, está cumprindo à risca há muitos anos.
Fonte: assessoria de imprensa da Ponte Preta
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