O adversário será o Hoverla, na até então pacífica Kharkiv, situada na região nordeste, a cerca de 450 km de Kiev, onde cenas de violência arrasaram a praça Maidan. Lembranças que não vão sair tão cedo da cabeça desse gaúcho de Pelotas.
``Difícil de acreditar que a Praça Maidan, em Kiev, que já visitei várias vezes, tenha virado palco sangrento de conflitos entre opositores e policiais, vitimando muitas pessoas e ferindo tantas outras. Foi como uma guerra em pleno centro histórico. Barricadas foram construídas com muita rapidez, prédios foram invadidos. Era difícil aceitar que tudo aquilo estava acontecendo. Moro em Kharkiv, onde não existem conflitos, até por ser uma região de muitos estrangeiros. Mesmo assim, percebo um sentimento de angustia misturado com medo nos ucranianos que conheci aqui na cidade´´, relata o profissional de 37 anos.
Dentro de campo, o Metalist soma 33 pontos após nove vitórias, seis empates e apenas uma derrota em 16 partidas. Michel Huff tem contribuído diretamente na ascensão do clube nos últimos anos. Na temporada passada, a boa campanha resultou no inédito vice-campeonato nacional e consequente classificação à Liga dos Campeões da Europa. Os resultados recentes fazem jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcedores acreditarem no título.
``Estamos no caminho certo. Nosso time atingiu maturidade muito grande em termos de qualidade e comportamento dentro de campo. Vamos ver como os atletas vão reagir após esse processo conturbado que vive o país. Temos a expectativa de que isso não afete o desempenho, mas não sabemos como vai interferir na cabeça de cada um. Foi algo forte e o clima não está normal. Fizemos boa pré-temporada, trabalhamos forte em Dubai, em Israel e na Espanha. Chegou a hora de colocar em prática´´, finaliza.
Fonte e foto: TXT
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