O brasileiro Diego Alves despede-se de 2014 com bons motivos para comemorar e lembrar com carinho do ano que se encerra. Foi na atual temporada que o goleiro de 29 anos assumiu a condição de capitão do Valencia pela primeira vez - ele e o meia espanhol Dani Parejo dividem o posto.
Atravessando o que considera seu “melhor momento na carreira”, ficou fora só de uma partida da Liga da Espanha, devido a gastroenterite, justamente quando o time sofreu o maior número de gols, ao levar 3 a 0 do Deportivo La Coruña, fora de casa.
Nas 15 vezes em que esteve em campo, em seis não foi vazado. Só em uma delas levou mais de dois gols, na derrota por 2 a 1 para o Levante. E em um dos seus melhores jogos, parou o compatriota Siqueira na vitória por 3 a 1 sobre o então campeão Atlético de Madrid e tornou-se o goleiro em atividade que mais defendeu pênaltis na história da principal competição nacional. Desde 2007 foram 31 cobranças. Diego pegou 13. Uma foi no travessão; outra, para fora.
Os especialistas em penalidades Messi e Cristiano Ronaldo constam em sua lista de sucessos. Cañizares, aposentado, também atingiu tal número, mas a tendência é de que veja o brasileiro estabelecer nova marca. Neste segundo semestre, Diego também atingiu a marca de 100 exibições com a camisa de seu atual clube e 200 no total da Liga, contabilizadas as atuações pela equipe anterior, Almería.
``O segundo semestre foi especial para mim. Consegui atingir regularidade muito boa, o que é indispensável para goleiro. Eu me sinto muito bem aqui e acho que a braçadeira de capitão demonstra isso. Me sinto à vontade para cobrar, orientar, elogiar. Sobre a marca dos pênaltis defendidos, isso vem me acompanhando desde que cheguei. Travo essa guerra psicológica com os batedores e fico satisfeito com esses números positivos. Tem que aumentar agora, né?´´, brinca o camisa 1.
O bom desempenho fez com que seu nome fosse lembrado pelo técnico Dunga. Convocado no final de outubro, voltou à Seleção Brasileira nas vitórias sobre Turquia e Áustria. Está invicto como titular: em nove jogos, são oito vitórias, um empate e apenas dois gols sofridos. Com Mano Menezes, chegou a permanecer seis partidas sem ser vazado.
``Foi orgulho muito grande poder voltar a jogar pela seleção, ajudar nas vitórias em período de reafirmação do nosso futebol. Trabalhei forte, me dediquei, deixei o máximo nos treinos e nos jogos. Procurei aproveitar bem essa oportunidade, porque quero voltar e sei que a concorrência é duríssima. São muitos goleiros bons e a comissão tem três, às vezes só dois, para escolher´´, completa.
Ao todo, Diego Alves disputou 17 jogos na temporada 2014-2015. Foram 15 pela Liga da Espanha e dois em amistoso pela seleção, com 11 vitórias, quatro empates, duas derrotas e apenas 11 gols sofridos. Dos três pênaltis que encarou, defendeu um.
Aproveitando a parada de Natal para descansar ao lado da família, o brasileiro confessa que é difícil não pensar na primeira partida do próximo ano: no dia 4 de janeiro, o Valencia recebe o líder Real Madrid, que em 15 jogos somou 39 pontos.
``É difícil mesmo, pelo que eles vêm jogando. Mas a gente tenta. Agora é hora de curtir a família, meus dois filhos, minha esposa. Deixar para pensar no Real quando o time voltar a treinar´´, finaliza.
Fonte: TXT
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