Depois de dois anos e meio, um ciclo no futebol brasileiro se encerrou e o técnico Fernando Diniz deixou o Grêmio Osasco Audax nesta quinta-feira (21/5). No período, ele comandou a equipe em 91 partidas, venceu 42 e empatou 30, obtendo 57,14% de aproveitamento.
Mas Diniz não chamou a atenção apenas pelos números, que também incluem um acesso à elite do futebol paulista e um vice-campeonato da Copa Paulista. O treinador se destacou com o estilo, que chamou a atenção de torcedores e cronistas esportivos e foi apelidado por muitos como “tiki-taka”, em alusão à forma de jogo que consagrou a Espanha como campeã mundial em 2010.
Com a sensação de missão cumprida, o treinador escreveu uma carta de agradecimento. Confira abaixo:
``À cidade de Osasco que tanto me acolheu, aos dirigentes do clube, funcionários, comissão técnica e, especialmente, aos grandes protagonistas desta história: os jogadores. Hoje, após dois anos e meio de trabalho no Audax, encerro mais este ciclo na minha vida. E, graças à bela parceria estabelecida com todos citados acima, fecho esta etapa com satisfação e orgulho do sucesso obtido neste trabalho.
Nossa caminhada bem sucedida teve início em 2013, com a conquista do acesso para a Série A-1 do Campeonato Paulista. Os números foram expressivos: melhor campanha da história recente da competição, maior número de gols marcados e recorde de 11 vitórias consecutivas. Ainda terminamos o ano como vice-campeões da Copa Paulista.
Nos anos seguintes, ficamos bem classificados no Paulista, sendo que, em 2015, fomos os sétimos colocados, alicerçados em números surpreendentes: time com a maior posse de bola; quatro dos cinco melhores passadores da competição (André Castro, Camacho, Francis e Didi); quarto melhor ataque; menor número de faltas cometidas e cartões recebidos; revelação do campeonato e um dos artilheiros (Rafael Longuine); líder de assistências (Ytalo); líder de viradas de jogo (Camacho) e goleiro sensação (Felipe Alves).
Embora os números comprovem que jogar bonito é possível e traz resultados positivos, para mim existe algo mais importante que isso. Acredito que o aprofundamento das relações humanas que estabeleço com os jogadores, propicia um avanço integral fazendo melhores pessoas tornarem-se melhores jogadores, dentro de uma constante recursividade. Jogadores não são máquinas. São gente! E é para eles, mais uma vez, que deixo a minha mais sincera gratidão!
Meu muito obrigado a todos´´,
Fernando Diniz
Fonte e foto: Martinez Assessoria
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