A expressão sua fama o precede poderia até mesmo ser utilizada na (re) apresentação do técnico Gilson Kleina no Majestoso. Mas, no caso do galã – ou bruxo, expressões popularizadas por ele nas passagens anteriores na Macaca – o que precede é o trabalho e a história com o time.
Na mais recente, no ano passado, Kleina comandou uma campanha fantástica de nove jogos com sete vitórias e dois empates, que só não garantiu o acesso devido a critérios de desempate com outra equipe que tinha o mesmo número de pontos e ficou no quarto lugar. Por isso mesmo, a expectativa para o ciclo que acaba de se iniciar é das melhores.
``Agradeço à diretoria pela minha vinda e vamos iniciar trabalho com seriedade, energia e vontade de fazer melhor, colocar esse sentimento no vestiário para execução dos atletas, para que possam fazer grandes jogos e os resultados virem. A Ponte é grande, tem torcida maravilhosa que conhecemos e entendemos e com a qual podemos ter química, jogar bem e repetir o feito do ao passado, mas que desta vez com final feliz e acesso´´, afirma.
O treinador conta que, como todo profissional da área, acompanha jogos de todos os times e tem observado o desempenho da Ponte. Por isso, já destaca qual é a meta inicial.
``Temos que buscar a regularidade, é o que vai fazer chegar no patamar de cima. Podemos ver isso no Bragantino, que mantém regularidade e pontuação, e foi o que aconteceu conosco no ano passado, porém faltou um jogo para coroar trabalho magnífico´´, disse Kleina, que faz análise prévia o porquê das oscilações.
``É comum no Brasil e na série B em especial. Muitas vezes você tem elenco e não tem reposição com a mesma experiência, tem jogadores jovens que muitas vezes teriam que ter tempo para mostrar futebol e ter ritmo para a série B e não têm. Então há ocasiões em que o futebol fica um pouco aquém e tem queda, há oscilações em momentos cruciais. Aí vem a pressão e ao mesmo tempo em que tem atletas tarimbados que sabem reagir, outros não conseguem lidar com isso e não conseguem ter desempenho para ter melhor resultado´´, justificou o treinador.
Para dar, então, a regularidade necessária à equipe, Gilson Kleina quer, em primeiro lugar, conhecer melhor as características e personalidades de todos os jogadores.
``Vou ser sincero, ainda não conheço esses jogadores, a origem, se joga mais centralizado, mais atrás. Vou fazer esse trabalho com a comissão, trabalho de avaliação, de adaptações das variações. Eu tento trabalhar para recuperar o potencial do atleta. Mas se ao mesmo tempo tiver que tirar o atleta para ele treinar um pouco mais e voltar melhor, também faz parte do processo´´, afirmou o treinador, que retornou ao Majestoso com o auxiliar Juninho e o preparador físico Fabiano Xhá.
O novo (velho) comandante da Ponte Preta ainda acrescentou.
``Temos que tomar as atitudes, que fazem parte do nosso trabalho, para definir o time. Futebol é ponto de vista. Na minha análise tivemos grandes chances de sair na frente no jogo passado e tomamos gol de bola parada. Esses ajustes têm que acontecer e vamos buscar sentimento e mentalidade vencedora dentro do vestiário, e espero que possamos colocar isso dentro de campo´´, emendou
Ainda falando sobre a competição, Kleina finalizou.
``Claro que minha responsabilidade aumenta em virtude do que fizemos no ano passado, poucas equipes fazem isso, vai ficar na história. Mas não posso trazer esses números para o momento atual, tenho que viver um jogo de cada vez. A primeira decisão passa a ser sábado Ao mesmo tempo que a Série B te dá quatro títulos, também te deixa fora. Estamos a quatro pontos do G4, vamos pegar equipe postulante a subir, mas aqui dentro temos que criar identidade, sabendo que a Ponte é forte e temos condições de resgatar isso.´´
Foto: Ponte Press / Luiz Guilherme Martins
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