Por que escolher João Brigatti como treinador? Antes mesmo do novo comandante da Ponte Preta ser apresentado, o presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, fez questão de deixar claro a sua preferência pelo substituto de Gilson Kleina.
``Precisamos deixar claro que, por questão ética e do João estar empregado, fez com que buscássemos o contato com ele após consultarmos treinadores que estavam disponíveis no mercado. Não é nenhum demérito ao João e, sim, um critério que utilizamos. Na sequência, ele era e é o primeiro da lista e fomos conversar com o Sampaio Correa. O trouxemos porque entendemos que, além de ser pontepretano e ter discurso motivador, Brigatti se aprimorou neste tempo fora da Macaca, fez dois ótimos trabalhos no Paysandu e Sampaio, e hoje é um profissional mais completo e maduro. Se quiséssemos apenas motivação, compraríamos livros de auto-ajuda para o elenco´´, afirmou o dirigente.
O presidente da Macaca acrescentou que quando Brigatti era interino, tanto ele quanto o presidente de honra Sérgio Carnielli defendiam sua efetivação, pensamento que só cresceu com a qualificação obtida pelo treinador. A diretoria também trabalhou no entorno do técnico, para que a equipe tenha melhor suporte em outras áreas. Além do preparador físico Juvenilson Souza, ele chega com o auxiliar Bazílio Amaral, licenciado pela CBF.
``Também trouxemos, para se somar à já competente equipe do doutor Roberto Nishimura, o professor Leo, que vai trazer aporte científico maior ao departamento de Fisiologia. Sabemos o momento que o time está atravessando, as dificuldades, temos leitura crítica das primeiras seis rodadas. Mas com esse staff que já tinha ótimos profissionais, como o Fabinho Moreno, agora está mais completo. O João terá condições de fazer bom trabalho, voltar a vencer e reverter o quadro em que estamos´´, concluiu Tiãozinho.
``Estou feliz em voltar à Ponte Preta, instituição pela qual sou apaixonado. Estava bem empregado no Sampaio Correia, aceitei o convite e a torcida pode saber que sou pessoa extremamente motivada, com prazer em ser treinador. Venho em situação adversa da que deixei o time: sou um treinador com licença A da CBF, volto contratado como técnico e não como preparador de goleiros, auxiliar ou interino. Me sinto muito mais preparado para essa função e vamos trabalhar muito para trazer a alegria de volta ao torcedor´´, avisou.
O novo treinador da Macaca enalteceu que já viu mudança no elenco no empate com a Ferroviária, quando o time foi treinado por Moreno, mas sabe que há muito a fazer.
``O astral já mudou na rodada passada do Paulista, vimos em campo equipe determinada, concentrada. É preciso trabalhar mais, nos preparar para vencer. Queremos equipe guerreira, mais ofensiva, mas com maior equilíbrio nos três setores. Não vou deixar de motivar o atleta, mas com qualificação: temos que ter modelo de jogo, padrão e opções diferentes para surpreender os adversários´´, projetou.
Sobre motivação, Brigatti disse que ela existe fora do campo: a torcida.
``Peço ao torcedor que venha em peso para nos apoiar. No sábado, contra a Ferroviária, aos cinco minutos um atleta errou um lance e já começou a vaia: isso está errado. Precisamos de apoio para o atleta ter prazer e segurança em campo e não reprovação e falta de incentivo quando há erro; Assim a torcida ajuda o adversário. Precisamos mudar a atmosfera do Majestoso, que o torcedor venha e incentive, faça daqui um caldeirão. Se no fim não der certo, depois do apito final a torcida tem toda liberdade de questionar, criticar. Mas não antes, porque prejudica a própria Ponte´´, justificou.
``Todos vemos as redes sociais, não adianta falar que não, e esse lado negativo atrapalha. Venham lotar o campo, só assim reverte. E se forem falar nas redes, apoiem, incentivem. Vamos sair deste momento e entrar forte na Série B. Todos queremos o acesso e para isso temos que estar juntos, num pensamento positivo´´, ressaltou.
Esse apoio, afirma Brigatti, é fundamental na noite de quinta para que a Macaca vença o Vila Nova-GO e siga em frente na Copa do Brasil.
``É confronto muito difícil, o Vila trocou o treinador, não esperamos partida fácil. O trabalho demanda tempo e temos apenas dois dias de treinos antes de encarar o adversário. Estamos analisando tudo o que vimos contra a Ferroviária e no jogo-treino contra o Atibaia para buscar soluções e ver o modelo de jogo que podemos fazer. Ninguém veio para fazer milagre, mas vamos trabalhar honestamente e ralar a bunda no chão para, com o apoio do torcedor, vencer na quinta e pensar na sequência do Paulista, no domingo´´, concluiu.
Foto e fonte: Divulgação / Ponte Press / Assessoria de Imprensa
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