FPF lamenta o falecimento de Oswaldo Alvarez, o Vadão

A Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou comunicado oficial lamentando profundamente o falecimento de Oswaldo Alvarez, o Vadão, como era conhecido o treinador que lutava contra câncer no fígado desde dezembro de 2019, quando teve diagnóstico da doença. Ele faleceu na manhã desta segunda-feira (25) em São Paulo e foi sepultado no período da tarde, apenas com a presença dos familiares por conta da pandemia do coronavírus, na cidade de Monte Azul Paulista, onde morava.

Natural de Monte Azul Paulista em 21 de agosto de 1956, Vadão surgiu para o cenário do futebol em 1992, quando comandou o Mogi Mirim. Pela forma como atuava, o time do interior de São Paulo ganhou do extinto jornal Diário Popular o apelido de Carrossel Caipira, em referência ao Carrossel Holandês, que fez história na década de 1970.

Além de adotar o esquema tático 3-5-2 no Mogi Mirim (mascote acima), mas com versatilidade do meio para frente, o que levou a ser chamado por Carrossel Caipira, Vadão revelou para o mundo da bola o trio Leto, Válber e, principalmente, Rivaldo, que brilhou no futebol internacional, foi campeão do mundo pela Seleção Brasileira e eleito o melhor do mundo quando jogava no Barcelona, da Espanha.

Posteriormente, Vadão teve passagens por diversos clubes do futebol brasileiro, inclusive o Corinthians em 2000 e o São Paulo em 2001, onde conquistou o inédito Torneio Rio-SP e revelou o craque Kaká, que atuava nas categorias de base, foi para o Milan, da Itália, e Real Madrid, da Espanha, também se tornando o melhor jogador do mundo, além de ganhar a Copa com a camisa da Seleção Brasileira.

Vadão também se destacou no comando dos rivais de Campinas, Guarani e Ponte, onde acumulou bons trabalhos e ótimos resultados nos dérbis campineiros. Jamais perdeu! Em nove partidas, o time que ele comandava ganhou ou empatou.

Pelo Bugre, Vadão foi vice-campeão da Série B do Brasileiro de 2009 e do Paulista de 2012. Ainda ganhou a Série C de 1995 pelo XV de Piracicaba, além de ter sido campeão baiano, catarinense e paranaense por Bahia, Criciúma e Athletico, respectivamente.

Em 2014, ele assumiu o comando da Seleção Brasileira de futebol feminino, por onde conquistou duas Copas América em 2014 e 2018 e o Jogos Pan-Americanos de 2015, além de outros títulos de menor expressão. Ficou com a quarta posição nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Entre idas e vindas, ficou no selecionado brasileiro até 2019 e foi eleito pela FIFA o sexto melhor técnico do Mundo na modalidade em 2016.

Foto: Rafael Ribeiro / CBF - Fonte: FPF