quarta-feira, 24 de junho de 2020

Brasileiro comemora retorno do futebol na Geórgia após país superar momento mais delicado da pandemia


Aos poucos a vida vai voltando ao normal na Geórgia. Uma das evidências que o país do leste europeu superou o momento mais delicado da pandemia do novo coronavírus é que os clubes de futebol foram liberados para treinos de campo e o campeonato nacional tem seu reinício marcado para o dia 6 de julho.


Único brasileiro do elenco do Merani Martvili, o atacante Filipe Vasconcelos comemora o retorno às atividades coletivas, mas lembra que por quase três meses todos tiveram que cumprir rígido controle de distanciamento social promovido pelo governo.

``O campeonato foi interrompido na primeira quinzena de março, logo após a disputa da segunda rodada. O governo georgiano trabalhou muito bem em cima dos cuidados e prevenção contra o Covid-19, mas para isso acontecer todo o país teve que acatar regras e avisos fornecidos para os cidadãos. Eu fui orientado a ficar em casa por duas semanas e, nesse período, só poderia sair uma vez para necessidades básicas, como ir ao mercado ou farmácia. Até o dia 9 de junho, quando os treinos de campo foram liberados, consegui treinar em casa por lives contando com a ajuda de amigos preparadores físicos. Felizmente o período de isolamento foi superado e estamos cada vez mais próximos do reinício do campeonato, em julho´´, declarou o brasileiro.

INÍCIO NO GOIÁS E APRENDIZADO COM JORGE WAGNER

Baiano de Feira de Santana, 23 anos de idade, Filipe Vasconcelos Paim iniciou sua trajetória nas categorias de base do Goiás em 2014. Em 2017, disputou a Copa São Paulo de Juniores pelo Mogi Mirim e, em seguida, teve a primeira oportunidade como profisisional no Fluminense de sua cidade natal, integrando o elenco que disputou o Campeonato Baiano, Copa do Nordeste e Série D do Brasileiro.

``Além de jogar no clube da minha cidade, no Fluminense pude desfrutar de experiências únicas que foram muito importantes para a minha carreira. Uma delas foi estar lá na mesma época que o meia Jorge Wagner. Sempre fui fã dele e tinha grande admiração pelo fato de ele também ter nascido em Feira de Santana. Eu suguei o máximo que pude dele nos treinamentos. Foi maravilhoso poder ouvi-lo e aprender com ele nos treinos, jogos e viagens´´, destacou Filipe.

Em julho de 2018, o atacante acertou sua transferência para o Shevardeni, da Geórgia, país em que permanece até hoje, vestindo também as camisas do Dila Gori e do Merani Martvili, clube da Série B georgiana que o contratou em fevereiro de 2020.

DIFICULDADES DE ADAPTAÇÃO

Filipe chegou à Geórgia com apenas 21 anos de idade e o início não foi fácil. Mas, com perseverança e ajuda de amigos, o atacante brasileiro já se sente adaptado ao país que, até 1991, integrava a extinta União Soviética. 

``Nos primeiros três meses sofri muito com o fuso horário, pois são sete horas de diferença. Umas das principais dificuldades até hoje é o frio, principalmente nos treinos e jogos quando a temperatura cai muito é algo bem difícil. A língua também foi algo muito complicado. Eu falo inglês, mas a maioria das pessoas só fala o georgiano. Hoje eu já falo e entendo muita coisa, então consigo me virar. Mas essas coisas fazem parte e já me sinto adaptado e encaro tudo numa boa´´, concluiu o atacante baiano.



Fonte e foto: Tática

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