Após fazer boa campanha com a Veterana na última edição do estadual, ele retornou no fim do ano passado para deixar seu nome marcado no clube. Com folha salarial inferior a 200 mil reais mensais, a equipe chegou com méritos à decisão e pode se apegar a seus impressionantes números para fazer frente ao Galo: a melhor campanha da fase classificatória, a melhor defesa (4 gols sofridos em 13 partidas) e o fato de ser a única equipe invicta do certame.
Se considerados todos os finalistas já definidos dos estaduais do país, o time de Condé se junta ao Vitória da Conquista-BA e ABC-RN como únicos que defenderão invencibilidade na decisão.
Em sua quinta disputa de Campeonato Mineiro, Léo Condé pode se orgulhar de voltar a colocar um clube do interior na final da competição após 10 anos. O treinador comenta sobre o desempenho apresentado pela Caldense até aqui e a preparação para o jogo de ida da final.
``Disputar a final do Mineiro é realização profissional para todos envolvidos neste projeto. A diretoria tinha o objetivo de montar equipe competitiva e a dedicação demonstrada desde o momento da escolha dos jogadores foi responsável por superarmos expectativas e termos condições de brigar pelo título contra gigante do futebol brasileiro. Disputamos o campeonato com vontade já na primeira rodada e, pouco a pouco, fomos cumprindo metas e passando a almejar algo mais. A satisfação da população de Poços de Caldas e de todos que trabalham no clube é imensa. Mas a inevitável alegria não se transformou em euforia e nem interferiu na preparação. Pudemos trabalhar com tranquilidade durante a semana, sabendo que a seriedade pode nos ajudar a ter boa atuação e jogo parelho contra o Atlético no Mineirão. Precisamos ter equilíbrio durante os 90 minutos, fazer o possível para não cometer erros e, assim, repetir o que conseguimos realizar de bom durante a campanha. Estou feliz com o empenho dos jogadores e confiante para o maior desafio de nossas vidas´´. disse o treinador.
Nos anos anteriores, Léo Condé disputou três edições do Campeonato Mineiro no comando técnico do Tupi – 2009, terminando na sétima colocação; 2010, alcançando o quarto lugar e 2011, quando encerrou a campanha em sexto. Já pela Caldense, o treinador levou o time a brigar pela semifinal da edição do ano passado até a última rodada. O revés no confronto direto contra o América fez a Veterana encerrar a participação na oitava posição da tabela. Mas, o bom trabalho foi retomado no fim de 2014 e resulta na histórica campanha do clube na competição atual.
A invencibilidade neste Mineiro chama a atenção também pelo último trabalho de Condé antes de retornar ao time de Poços de Caldas: pelo Tupi, na Série C do último Campeonato Brasileiro, uma série invicta de 13 jogos quase proporcionou ao Galo Carijóa conquista do acesso à Série B.
Condé comenta sobre o feito raro alcançado pela Caldense e minimiza a importância da invencibilidade no momento decisivo do estadual. Entretanto, ele parabeniza os jogadores pela sequência de resultados que construíram durante a trajetória da equipe no campeonato.
``Todos nós sonhamos com o título sem escolher o roteiro. Acredito que chegarmos invictos e com a melhor defesa são fatores que aumentam a autoconfiança dos jogadores, já que, do outro lado, temos adversário tem um dos melhores plantéis do Brasil. A gente fica feliz com números que conseguimos e é satisfatório saber que poucas equipes do país chegaram às finais dos estaduais sem derrotas. É muito difícil para clube do interior alcançar essa façanha. Mas, a partir de agora, o importante é tentar fazer história contra o Atlético. Não será fácil, ainda mais pela experiência e qualidade que eles têm no banco de reservas: Levir. Os bons números nos fortificam e precisamos colocar em prática o que trabalhamos nos últimos meses e também ter esperança durante 180 minutos´´.
Léo Condé chega à final com 25 jogos no comando da Caldense. São 12 vitórias conquistadas, nove empates e apenas quatro derrotas, somando-se as partidas disputadas nas duas passagens do treinador pelo clube. O aproveitamento de 60% se destaca por ser um rendimento alto para um time sem o poderio estrutural e financeiro dos clubes gigantes do país.
Fonte: Francis Melo Assessoria
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