A passagem do experiente técnico José Carlos Fescina pelo XV de Piracicaba durou menos de um mês. No último domingo, a diretoria do clube afirmou que até daria um aumento de R$ 500,00 em cima do salário do treinador, mas não podia atender o seu pedido de contratar um auxiliar-técnico, um volante e um meia de sua confiança e resolveu mandá-lo embora.
Fescina, que preparava a equipe que disputará a Copa Federação Paulista de Futebol e tinha acertado para comandar o time também na Série A-3 (Terceira Divisão) em 2009, ficou perplexo com a decisão da diretoria e chutou o balde. Ele disse que o clube não aceita assinar contrato com treinadores e faz apenas um acordo verbal para não pagar multas em caso de rescisão de contrato.
De acordo com o treinador, ele havia conseguido a contratação do volante Dinho, ex-Noroeste, com um salário de apenas R$ 1,4 mil. Em Bauru, ele recebia R$ 5 mil. Já o meia Kalu, ex-Santacruzense, viria de graça. O empresário Marcelo Djan pagaria o seu salário e queria apenas que ele ficasse em atividade.
Revoltado, o treinador disse que jamais havia sido tão humilhante em mais de 40 anos de profissão e prometeu nunca mais pisar no clube enquanto estiver a atual diretoria. Já a diretoria do XV, sem entrar em detalhes, disse que não viraria refém de Fescina e preferiu dispensá-lo antes que o time entrasse em crise.
Em uma demonstração de que pretendia mandar Fescina embora, a diretoria do XV anunciou no mesmo dia a contratação do técnico Betão, que estava trabalhando no Foz do Iguaço e nasceu na cidade de Piracicaba.
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