``O desafio será imenso, pois é um time que está na zona de rebaixamento, com um jogo a menos que os concorrentes, mas o projeto me seduziu. Eles fizeram excelentes contratações, investiram bem e a forma profissional da minha contratação foi o que me deixou mais feliz e aceitei esse desafio, sem hesitar´´, afirma o jogador, que estava defendendo o Sion, da Suíça, desde 2010, depois de atuar pelo Santos.
Para ele, a primeira impressão foi positiva.
``Os torcedores aqui são muito especiais, tratam você de uma maneira tão respeitosa, que chega até a ser constrangedor. Nei sei explicar. É algo único´´, relata o zagueiro, explicando que a adaptação deve ser mais tranquila, porque o time já conta com outro brasileiro, o atacante Leandro Netto.
``Ele já me explicou muita coisa e tem três africanos, além de um chinês que fala português. Os treinadores holandeses falam inglês. Uma torre de babel, mas a convivência é muito legal´´, diz. ``O que não conseguirei me adaptar é com o trânsito. Nem vou pegar o carro que o clube ofereceria, pois aqui é muito complicado. Carros na contramão, pedestres não têm prioridade, além do buzinaço interminável. O transito de São Paulo é maravilhoso´´, brincou o sempre bem-humorado Adailton.
Com experiência na Europa (também defendeu no Rennes/França, de 2004 a 2006), ele confidencia que sempre teve vontade de jogar na Ásia.
``Esse lugar me encanta. Tem uma cultura riquíssima, que já pude comprovar visitando em Hong Kong, o Grande Duda, uma estátua em bronze de Buda, no alto de uma montanha, que para chegar precisamos de 20 minutos dentro de um teleférico. É algo simplesmente imperdível´´, conta.
Segundo ele, o convite para a China partiu dos mesmos empresários que estão levando Drogba, também levaram Anelka e Moisés (zagueiro formado no Vitória e que jogou no Flamengo) e Pierre Frelot.
``Eles me explicaram o projeto do clube e o projeto deles comigo e vi que era algo muito legal. Resolvi apostar e estou muito feliz com o que encontrei´´, explica.
Depois da China, Adailton ainda não tem planos definidos.
``Sinceramente não sei ainda do meu futuro. Tive a possibilidade de voltar para o Brasil agora, mas preferi a China. Estou curtindo esta nova experiência, trabalhando corretamente e deixando o futuro nas mãos perfeitas de Deus´´, completa o zagueiro, que foi campeão mundial sub 20 pela seleção brasileira. Também foi campeão paulista pelo Santos, da Copa da Suíça, pelo Sion, bicampeão baiano e bi da Copa do Nordeste, pelo Vitória, onde iniciou a carreira (2003 e 2004).
Fonte e foto: FMA
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