``Não é somente uma vitória para a categoria, é um título´´, comemorou Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato ao assistir as imagens da Arena Barueri vazia e jogadores do Operário-MT à espera no gramado.
Respaldada juridicamente pelo Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo, que vem a um mês monitorando e negociando a situação vivida pelos jogadores (com dois meses de atraso na CLT e quatro meses de direito de imagem em aberto), a atitude dos atletas da Abelha enobreceu e fortaleceu a categoria.
``Em um momento que se fala tanto em mudanças no futebol brasileiro, que esta também sirva de exemplo para todos. E ela veio da Quarta Divisão (Série D). O papel do Sindicato é apoiar e instrumentalizar toda e qualquer manifestação de paralisação da categoria. Quando algum elenco passa necessidade, damos total respaldo jurídico e pessoal. Brigamos por eles, independente de estrelato ou holofotes de mídia´´, completou Martorelli.
Com dois meses de atraso na CLT e quatro meses de direito de imagem em aberto, os jogadores agradeceram o apoio do Sindicato. Os advogados Felipe Rino e Thiago Rino, ao lado do diretor de relacionamento, Mauro Costa, foram os profissionais responsáveis pelo auxílio aos jogadores.
``Após a decisão de não jogar, fui ao estádio e conversei com o pessoal do Operário-MT. Pedimos apoio ao Grêmio Barueri e eles prontamente elogiaram e parabenizaram nosso trabalho. Foi então que decidiram deitar em campo em forma de solidariedade´´, explicou Mauro Costa, que também relatou momentos de tensão durante a negociação, que se iniciou às 14 horas e se estendeu até as 18h30, momentos antes da partida começar.
``Foi tudo muito tenso, mas precisamos elogiar a atitude dos atletas. Com tantos anos no futebol nunca vi um grupo tão unido e determinado a ajudar um ao outro. É raro ver tamanha união hoje no futebol brasileiro``, finalizou Costa.
Fonte: Tuddo
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