domingo, 2 de outubro de 2016
Expulsões, brigas e acusação de racismo no empate entre Votuporanguense e Red Bull Brasil
O empate sem gols entre Votuporanguense e Red Bull Brasil, no sábado (1/10), na Arena Plínio Marin, em Votuporanga, pela segunda fase da Copa Paulista, foi marcado pela violência, expulsões, intolerância, acusação de racismo e profissionais machucados. O árbitro Clayton de Oliveira Dutra colocou a confusão na súmula e o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) agora vai analisar os acontecimentos.
A diretoria do Votuporanguense registrou Boletim de Ocorrência por racismo. De acordo com o atacante Anderson Cavalo, que também fez BO, ele, após ser expulso, no momento em que se dirigia ao vestiário, foi chamado de macaco pelo fisioterapeuta do Red Bull Brasil, Hedras Russo.
Já a diretoria do Red Bull Brasil também promete registrar Boletim de Ocorrência alegando falta de segurança no estádio e agressão ao técnico Mauricio Barbieri e ao fisioterapeuta Hedras Russo, que deixaram o local machucados. E rechaça a acusação de racismo.
``Tivemos confusão muito lamentável, coisa que eu não via há tempos. Não houve contenção rápida, talvez com falha de segurança. Tivemos o treinador e o fisioterapeuta agredidos por dois atletas do Votuporanguense. Vamos prestar queixa, fazer boletim de ocorrência, porque medidas devem ser tomadas. Foi lamentável. Confusão que infelizmente aconteceu. Não é o que a gente quer para o futebol. Vamos tomar as medidas cabíveis e espero que tenhamos uma resposta´´, disse o diretor de futebol do Red Bull Brasil, André Mazzuco.
Tudo começou quando Anderson Cavalo balançou a rede de cabeça, mas foi flagrado em posição irregular. Na sequência do lance, com a bola parada, de acordo com a arbitragem, ele acertou Willian Rocha e recebeu o segundo cartão amarelo.
A confusão aconteceu quando Anderson Cavalo estava indo para o vestiário. O jogador alega que foi chamado de macaco pelo massagista do Red Bull, que estava atendendo jogador no gramado, e perdeu a cabeça, partindo para cima dele.
Os profissionais do Red Bull afirmam que Anderson Cavalo, revoltado com a expulsão, chutou bola em direção ao massagista, provocou confusão partindo par cima do mesmo, e Carlos Júnior, do time de Votuporanga, e Wellington Rato, Red Bull, partiram para confusão com o camisa 9 do Votuporanguense e membros da comissão técnica e todos foram expulsos.
Na súmula, o árbitro Clayton de Oliveira Dutra disse que expulsou Anderson Cavalo porque havia o advertido com o cartão amarelo e depois ele desferiu cabeçada no zagueiro do Red Bull Brasil, William Rocha. Já Carlos Junior, também do Votuporanguense, recebeu o vermelho por desferir socos e pontapés em Hedras Russo de Freitas.
O árbitro registrou ainda que houve confusão generalizada na entrada dos vestiários, mas não conseguiu precisar os motivos por causa do grande número de pessoas que se envolveram na pancadaria. A partida ficou paralisada por 16 minutos.
Também foram excluídos da partida o médico do Votuporanguense, Flávio Augusto Pastore (gesticular ofensivamente contra a arbitragem), e o preparador físico Jean Marcel Cova e o massagista Pedro Basso por trocarem ofensas com a comissão técnica do Red Bull Brasil.
No lado do Red Bull Brasil foram excluídos o massagista Hedras Russo de Freitas, que segundo a diretoria do clube é fisioterapeuta, por revidar socos e pontapés com Anderson Cavalo, o auxiliar-técnico Leonardo Magalhães e o preparador físico Cláudio Roberto Creato, ambos por trocarem ofensas com a comissão técnica do Votuporanguense.
Foto: assessoria de imprensa do Red Bull Brasil
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