O Guaratinguetá está lutando para retornar ao grupo de elite do futebol paulista. E vai disputar a Série B do Campeonato Brasileiro a partir do mês de maio. Mesmo assim, a diretoria do Tricolor do Vale do Paraíba abriu guerra com parte da torcida, que tem comparecido ao estádio Dario Rodrigues Leite para cobrar e vaiar os jogadores e comissão técnica.
Mas, apesar de cobrar publicamente, a diretoria anunciou a contratação do experiente técnico Roberval Davino. Ele assumiu a vaga de Luís Carlos Martins, que misteriosamente pediu demissão antes de iniciar a fase decisiva do Campeonato Paulista da Segunda Divisão (Série A-2).
Após duas rodadas, as quatro equipes dividem a ponta da tabela do Grupo 3, com 3 pontos: Guaratinguetá, São José, Noroeste e União São João. Neste domingo, às 15 horas, em casa, o Guaratinguetá disputa o clássico do Vale do Paraíba diante do São José.
Inconformismo com a torcida:
Cansado em ver e ouvir os torcedores mais exaltados, os chamados corneteiros, no Dario Rodrigues Leite, o presidente Eduardo Ferreira desabafou no final da partida em Araras, quando a equipe perdeu para o União São João por 3 a 0.
- Sinceramente, estou sempre pedindo para que a torcida compareça ao Estádio nos jogos de nossa equipe e tenho observado que muitos torcedores têm vindo para assistir somente a partida, outros tantos começam a ofender os jogadores e comissão técnica antes mesmo da partida começar e uma minoria nos incentiva do início ao fim. Um exemplo disso foi à partida do último domingo, que teve um público de 1600 torcedores, mas na verdade, 1200 vaiavam e ofendiam nossos jogadores, mesmo com a vitória difícil por 1 a 0 diante do Noroeste. Então, na minha visão, aqueles que gostam do Guará e acreditam na equipe, compareçam ao estádio para torcer realmente pela equipe, não para simplesmente assistir a partida, mais para incentivar nossos atletas nos noventa minutos – decretou Eduardo Ferreira.
Recentemente, durante a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C em 2009, a equipe tricolor usou o fator casa para garantir seu acesso, jogando às 15 horas com mais de 6000 torcedores na reta final da competição.
- Nós jogadores só ouvíamos falar bem da torcida em Guaratinguetá quando jogávamos em outros clubes. Queremos sentir novamente a nossa torcida jogando junto conosco, nos apoiando vencendo, empatando ou perdendo. Queremos o torcedor do nosso lado e fazendo o nosso time jogar, empurrando nosso adversário para seu campo de defesa conosco – disse o zagueiro Gustavo Bastos.
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