A trajetória do atleta natural de Imbituba, cidade de cerca de 40 mil habitantes próxima à Florianópolis, em Santa Catarina, é peculiar. Após participar de projeto comandado por empresário italiano no interior de seu estado, foi levado diretamente para as categorias de base do Hellas Verona, isso antes mesmo de completar 16 anos.
``Cheguei a fazer testes no São Paulo, Palmeiras e Internacional. Falaram para meus pais que eu não teria muito futuro no futebol e deveria me dedicar só aos estudos. Mas não desisti do meu sonho. Por isso, quando surgiu essa oportunidade na Itália, em novembro de 2007, não pensei duas vezes´´, lembra o meia.
SOZINHO NA ITÁLIA
O início de Jorginho na Itália não foi nada fácil. Além da distância da família, o atleta ainda teve que conviver com o ciúme dos jogadores italianos, preocupados que o brasileiro tomasse o lugar deles.
``Morei por um bom tempo em seminário, que servia como alojamento para o pessoal da base do Verona. Mesmo sem falar italiano, percebia que o pessoal me boicotava, além de não me ajudar de nada. Foi muito difícil, mas tive paciência e me esforcei, tanto que em menos de seis meses já entendia perfeitamente o idioma´´, acrescenta.
PROMOVIDO EM 2010
Com gols, assistências e excelentes atuações, Jorginho conquistou seu espaço nas categorias de base do Verona e foi promovido ao elenco principal em 2010. Após período de empréstimo ao Sambonifacese, da quarta divisão, retornou ao clube, que ainda estava na Série B.
``Voltei mais confiante e ajudei a equipe a conquistar a promoção para a Série A, na temporada 2012/2013. Foi grande festa na cidade e para mim teve sabor muito especial, pois era cria da casa e foi o Verona quem me abriu as portas para o futebol europeu´´, disse o meia, que disputou mais de 100 jogos com a camisa amarela do clube da terra de Romeu e Julieta.
DE VERONA PARA NÁPOLES
Já na elite do calcio, Jorginho não demorou a ser cobiçado pelos rivais. Em janeiro de 2014, o meia foi contratado pelo Napoli e passou a vestir a camisa 8 do clube em que atuaram o brasileiro Careca e o argentino Maradona.
``A torcida napolitana é fanática. A cidade vive muito o time. A cobrança é grande, mas fui recebido muito bem e ganhei confiança para fazer meu trabalho e conquistar vaga no time titular´´, comemora.
SELEÇÃO ITALIANA
Com quase 50 jogos disputados e a conquista da Copa e da Supercopa da Itália em 2014, o meia que há três anos possui também a nacionalidade italiana passou a ter seu nome contato pela imprensa do país para ser chamado pela Azzurra.
``Amo a Itália e fico feliz quando os meus colegas, os torcedores e jornalistas me elogiam e perguntam sobre a seleção. Se a convocação acontecer, será grande orgulho para mim´´, conclui o meia, que tem no italiano Pirlo e no espanhol Xavi suas principais referências no estilo de jogo.
NOVO CLIENTE DA TÁTICA
Foto: divulgação SSC Napoli
Fonte: Tática Assessoria
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