A goleada aplicada pela Ponte Preta em cima do Santos por 3 a 0, sexta-feira (16/4), no Majestoso, em Campinas, foi chamada pela imprensa de: passeio da Macaca, atropelamento dos meninos da Vila, Ponte nitroglicerinada. Perfeição em termos de planejamento e execução. Mas para o técnico Fábio Moreno a definição é outra: Padrão Ponte Preta.
``Quando falo que estamos em busca de algo longo, duradouro, produtivo para a Ponte, esta é a identidade que queremos. Aplicação tática, time que se empenha, se doa ao máximo. Todas as substituições que fiz foram por exaustão. Esse é o DNA da Ponte Preta, o que a gente busca´´, afirma.
Mais do que resultado de treino, para o técnico o que se viu em campo foi fruto também do bom emocional dos jogadores.
``O time mudou animicamente. Estivemos abaixo do normal contra o Criciúma, e vale lembrar que vários passaram por esse tipo de dificuldade e a gente não perdeu, empatou e saímos nos pênaltis, mas a atitude não foi adequada. Contra o Santos voltamos a ter o espírito que a Ponte merece, que os atletas impõem no dia a dia. Conseguimos transportar o que fazemos no treino para o jogo e o resultado foi vitória excelente, contra time intenso´´, analisa o treinador.
Fábio Moreno conta como o grupo trabalhou o aspecto psicológico durante a semana que antecedeu a partida de sexta-feira.
``Recebemos análise dos atletas e necessidade emocional de cada um. Tem grupos que precisam tomar muita dura, outros de mais atenção. Entendi que devido a cobrança que sofremos e a que nós mesmo fizemos, pois internamente nos cobramos muito, revimos tudo o que fizemos - ou não fizemos - com o Criciúma. A partir do momento que terminei de falar nisso, disse a todos que aquele jogo tinha ficado para trás, era novo começo, eu acreditava muito neles e sabia a capacidade que podiam mostrar, e mostraram, em campo´´, afirma.
Obviamente, a parte tática também foi muito bem desenvolvida nos treinamentos.
``Procuramos dissecar todos os pontos do adversário e colocar na semana de trabalho, para explorar fraquezas deles e nos resguardarmos dos pontos fortes. Criamos dificuldades na linha defensiva nos treinamentos porque sabemos que o Santos trabalha com muita intensidade no posto ofensivo e, analisando as partidas deles, vimos que podemos explorar contra ataques e mano a mano´´, conta.
O comandante da Macaca ainda acrescentou!
``Trabalhamos muito a saída, ligações diretas, baixando Camilo e o Veras para gerar dúvidas nos zagueiros. Ficamos satisfeitos porque o que treinamos conseguimos executar muito bem, mesmo não sendo tão efetivos marcando gols no segundo tempo, mas chegamos várias vezes e podíamos até fazer placar mais elástico. Foi ótimo, graças a atuação com muita propriedade, consciência e trabalho inteligente dos atletas´´, elogia
Moreno conclui ressaltando que a Ponte está com os pés no chão e sabe que tem confronto difícil na segunda-feira (19) contra o Red Bull Bragantino, e outros tantos depois dele.
``É claro que enxerguei pontos negativos em ambos os tempos, faz parte do trabalho identificar problemas para corrigir e, como sempre dizemos, nem quando fazemos partida muito boa está tudo muito bem, nem quando jogamos mal está tudo ruim e nada presta. Temos que dar continuidade no trabalho para que o futebol surja, se não fica tudo ao sabor do vento e a história do futebol mostra que isso não é bom para ninguém. Temos consciência de que ainda estamos começando nosso objetivo. A vitória contra o Santos é passo firme em busca do que queremos, mas ainda falta muita estrada para percorrer´´, finaliza.
Fonte e foto: assessoria de imprensa da Ponte Preta
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