O Santo André está de pernas para o ar. A bagunça está imperando no clube do Grande ABC, que segue na modesta 16ª colocação, com 24 pontos em 22 rodadas, a mesma pontuação do Náutico, que está na zona de rebaixamento. E para piorar a situação, nesta sexta-feira de manhã o técnico Alexandre Gallo entregou o cargo devido às divergências de opiniões com pessoas da diretoria.
- Agradeço ao Roman Maria Pinto pela oportunidade e a torcida que sempre apoiou o time enquanto eu estive no comando - afirmou Gallo, que assumiu o Santo André no último dia 30 de julho em sustituição a Sérgio Guedes, atualmente fazendo ótimo trabalho no Bahia.
Os atritos da diretoria com a comissão técnica também motivaram a saída de Sérgio Guedes do comando do Santo André. Na oportunidade, o treinador alegou que dirigentes estavam querendo forçá-lo a escalar o atacante Osny. Mas, de acordo com o treinador, ele não aceitou a interferência em seu trabalho e acabou sendo demitido.
A tendência é que o Santo André, assim como fez na saída de Sérgio Guedes, opte por uma solução caseira para a partida contra o Atlético-MG, neste domingo, às 18h30, no estádio Bruno José Daniel, em Santo André, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sandro Gaúcho, que é funcionário do Ramalhão e está emprestado, ao lado de diversos jogadores, ao Palestra de São Bernardo do Campo, que brilha na Quarta Divisão e corre atrás do título e do acesso, assuma o cargo interinamente.
Sandro Gaúcho comandou o Santo andré no empate por 1 a 1 diante do Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, em partida que foi realizada no estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto. E, na oportunidade, o treinador interino escalou Osny no time titular.
De acordo com o jornalista Dérek Bittencourt, amigo que trabalha no Diário do Grande ABC, a derrota por 3 a 0 para o Flamengo e má situação na tabela do Brasileiro já seriam motivos suficientes para deixar tenso o clima no Santo André. Para complicar, outro fato parece conturbar o ambiente. Nos bastidores do Bruno Daniel são crescentes as informações de que a relação entre o meia Marcelinho Carioca - líder do elenco - e o técnico Alexandre Gallo está desgastada, a ponto de o Pé de Anjo ter ficado no banco de reservas no primeiro tempo na partida do último sábado, no Rio de Janeiro.
Treinador e jogador teriam, inclusive, discutido nos vestiários do Maracanã. Ambos negam qualquer divergência e alegam que o ambiente no Santo André está bom. “Não teve nada. Você acha que com quase 40 anos eu vou ficar brigando?”, questionou Marcelinho Carioca, que se mostrou desconfortável quando questionado sobre o assunto. “Quem te falou isso (sobre a briga)? Não aconteceu absolutamente nada”, repetiu o meia, antes de deixar a sala de imprensa visivelmente nervoso.
Gallo seguiu o discurso do meia. “É tudo mentira. Não houve nada e o ambiente no Santo André é normal”, limitou-se a dizer o técnico.
Polêmica à parte, o fato é que o Pé de Anjo poderia parar novamente no banco de reservas no confronto com o Atlético-MG, domingo, no Bruno Daniel. Pelo menos foi o que ficou evidenciado no treinamento de ontem, quando o meia acabou substituído pelo ex-cruzeirense Camilo, que deve realizar sua estreia.
Gallo também teve conhecimento de que não poderá contar com o volante Ricardo Conceição. O jogador deixou o treino de quarta-feira, em Atibaia, com dores na região da virilha esquerda, mas não demonstrou preocupação. Porém, a ressonância magnética realizada ontem pelo médico Everton de Oliveira na clínica Lúmen, em São Bernardo, detectou estiramento no adutor esquerdo, que o afastará dos trabalhos entre 15 e 20 dias.
As boas notícias ficaram por conta do volante Sidney. Exame não constatou hematoma na contratura da parte posterior da coxa direita. Assim, ele está liberado para enfrentar o Galo. O zagueiro Cesinha e o meia Rodrigo Fabri também treinaram normalmente.
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Um comentário:
Eu acho que o Santo André não vai aguentar ficar na Série A.
saulobotafogo.blogspot.com
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