A diretoria da Ferroviária vem a público para deixar clara sua indignação com o atleta Rodrigo Neves de Freitas, o Guaru, do Penapolense. O jogador cometeu o crime de racismo na manhã do último domingo (4/3), na partida entre Ferroviária e Penapolense, em Penápolis. Ele se desentendeu com alguns jogadores da Ferroviária e chamou o lateral Emerson de ‘Macaco’.
O gerente administrativo do time de Araraquara, Bruno Ópice, acompanhou Emerson ao plantão policial de Penápolis e realizou um boletim de ocorrência contra Guarú. O jogador acusado negou que tenha cometido tal ato.
``Eu não falei nada disso, apenas xinguei. Os jogadores da Ferroviária estavam perdendo o jogo e não sabiam o que estavam falando´´, comentou Guaru, em entrevista à Rádio Cultura.
Já Emerson confirmou que foi ofendido e que todos que estavam perto ouviram.
``Ele me chamou de macaco sim, e na frente de todos. Ele fez aquilo pra esfriar o jogo e a gente não ter chance de empatar. Assim como o clube, repudio qualquer ofensa moral´´, disse Emerson.
Após a confusão criada pelo ato criminoso de Guaru, o árbitro ainda expulsou o volante Felipe Blau, da Ferroviária, que também foi xingado pelo atleta do Penapolense.
``Ele me mandou tomar naquele lugar e eu apenas disse: Vai você´´, explicou Blau.
O dirigente afeano ficou surpreso ao ler a súmula e ver que o episódio de preconceito, que envolveu praticamente todos os atletas das duas equipes, sequer culminou com uma menção do árbitro. O que mais espantou Ópice foi a descrição da sua invasão ao vestiário da arbitragem.
``Ficou evidente, até mesmo pela postura do alteta adversário, que o xingamento não fora os habituais nos gramados. Optamos por registar um boletim de ocorrência, e antevendo qualquer mal-entendido, pedi para que um fiscal da federação me acompanhasse até o vestiário, a fim de confirmar o óbvio, ou seja, a referência no documento da agressão preconceituosa. Para minha surpresa, o senhor Alexandre Luis Gonçalves citou que eu fui indagar a sua conduta técnica nas marcações durante a partida´´, destacou o diretor.
Para Ópice é, no mínimo, estranho o conteúdo da súmula, à medida que estava acompanhado de um representante da entidade que presenciou a conversação.
``Seria ingenuidade ir dialogar com o árbitro no intuito de reverter o resultado do jogo. Isso não existe. Foi uma pergunta sem nenhuma agressividade e que ele acabou distorcendo, sem argumentação plausível´´, complementou.
A diretoria da Ferroviária reforça que espera, além da ação da Polícia, que a Federação Paulista de Futebol (FPF) investigue o ocorrido e que tome providências contra o atleta do Penapolense.
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