Após quase um mês sem entrar em campo, em virtude da paralisação do Campeonato Paulista (último jogo foi em 13 de março contra o Botafogo), a Ponte Preta enfrentará na noite desta quinta-feira (8/4) o Criciúma, em jogo importantíssimo no qual o vencedor seguirá à terceira etapa da Copa do Brasil. E, se por um lado o adversário está em momento ruim, sem vencer há 17 jogos, por outro a Macaca está sem ritmo.
Na opinião do técnico Fábio Moreno, o primeiro fato não deve levar a Ponte Preta a subestimar o Criciúma. Já o segundo deve ser superado pelo empenho dos seus jogadores.
``Sofremos uma série de dificuldades, mas tivemos período bom de preparação, apesar de não termos contado com todos os jogadores o tempo todo, pois muitos estavam se recuperando da Covid19. Tivemos que fazer ajuste para todos chegarem na melhor condição possível. Realmente estamos sem ritmo de jogo, mas treinando forte, intensamente, e com atividades em situações de jogo. É desafio contra adversário que está com dificuldades e deve jogar todas as fichas nesse jogo. Acredito, porém, na nossa preparação: treinamos bastante, com qualidade, e vamos confiantes em busca da classificação´´, afirma o treinador.
Moreno enfatiza que o Criciúma não deve em hipótese alguma ser subestimado por estar passando por mal momento.
``Não vamos cair nessa armadilha. Respeitamos o adversário, que tem representatividade nacional e joga em casa. Estudamos eles e sabemos que passam por dificuldade, mas isso não quer dizer que vai ser partida fácil, muito pelo contrário. Já passamos por momentos delicados também e empregamos ainda mais força e intensidade para reverter a situação. Certeza que isso está passando no vestiário deles: jogar tudo para se classificar e mudar cenário no estadual. Temos que estar atentos, sabemos do potencial deles, mas acreditamos muito nos nossos atletas, na nossa preparação´´, pontua.
Neste sentido, o treinador conta que utilizou amplamente o período de treinamentos e também aproveitou para trabalhar não só o que já vinha fazendo em campo, como novos conceitos.
“Trabalhamos variações das ideias que temos e aprimoramos a que vínhamos trabalhando. O resultado prático que esperamos ver em campo é um futebol melhor, mais consistente e que gere resultado nesta quinta, nos garantindo a classificação à próxima fase da Copa do Brasil´´, disse.
Moreno enfatiza que quer vencer no tempo normal, mas que também preparou o time para a cobrança de pênaltis, caso a vaga venha a ser decidida nelas após empate no tempo normal.
``Temos que fazer tudo que é possível nos 90 e tantos minutos, exercer nosso potencial no jogo, nos dedicarmos ao máximo para vencer porque é mata-mata, é essa partida e acabou, jogamos tudo pela classificação. Mas, claro, treinamos pênaltis durante a semana, porque quando a gente vai para guerra tem que estar com muitas armas. Esperamos não utilizar, mas é bom estarmos preparados ao máximo´´, destaca.
Força máxima
Sem nenhum atleta barrado por Covid e com apenas Ednei no DM, o treinador terá praticamente força máxima para o jogo. Ele adianta, porém, que não fará grandes modificações entre os titulares, uma vez que a Ponte Preta obteve resultados positivos nos últimos dois jogos, contra o Gama, pela Copa do Brasil, e Botafogo, pelo Campeonato Paulista.
``Antes da paralisação tivemos dois resultados positivos e procuro sempre passar mais confiança para quem está jogando. Corrigimos erros, cobramos forte internamente, mas temos confiança, acreditamos no poder do trabalho e não deve ter grandes mudanças no time, confiamos naquele que vinham sendo titulares``, justifica.
Moreno confirma a presença de Renan Mota e Paulo Sérgio, recuperados de lesão, entre os relacionados para a partida.
``Eles devem estar à disposição, mas tudo o que fazemos é calculado para que não voltem e já sofram problemas físicos. Temos o cuidado de equilibrar a necessidade técnica deles na partida com a responsabilidade de utilizá-los dentro do que é possível´´, elucida.
Sobre a utilização de mais jogadores da base, como aconteceu contra o Botafogo, no qual diversos jovens atuaram até mesmo pelas diversas ausências por Covid19, o treinador pondera.
``A entrega dos atletas às vezes torna até difícil escalar o time. Por ser mata-mata, pesa um pouco a experiência, o costume em jogar partidas decisivas , mas jogando de titular ou não nossos jovens continuam com o espaço deles consolidado e temos carinho especial pela base. É nossa ideia e filosofia. O futuro da Ponte e do futebol´´, acredita.
Prêmio e responsabilidade
Sobre o fato de a Ponte precisar vencer para garantir premiação em dinheiro importante aos cofres alvinegros, Moreno afirma que o elenco está ciente da responsabilidade, porém segue confiante.
``Entramos sempre para vencer e quando tem premiação o clube conta com isso. Aumenta a responsabilidade, mas a diretoria está junto, nos apoiando e incentivando. Acreditamos na força deste conjunto. A única maneira de se sentir bem, confiante, tranquilo, é se preparando bem. E treinamos bem, estudamos o adversário, executamos bons treinamentos, o que eleva a confiança. Não é garantia, mas caminho que leva ao maior rendimento, e com isso, o resultado se torna consequência.´´
Por fim, questionado sobre o lado emocional do elenco, Moreno conclui.
``Acredito no poder da preparação psicológica, que até se sobrepõe à parte técnica, tática e física. O ser humano é movido pela capacidade de mobilização intelectual, esforço, resiliência, motivação, concentração. É isso que faz com que algumas equipes se superem, é ter mental forte. Assisti palestra do Bernardinho, multicampeão do vôlei, no qual ele falava muito sobre poder da preparação mental. Sabia que o resultado viria quando todos do time acreditassem que tinham feito o máximo. Se estavam muito preparados, iam com confiança e executavam. É muito essa filosofia que acredito. Trabalhamos à exaustão, repetimos, não tem treino de baixa intensidade ou sem conotação específica para a partida. Deixamos os atletas bem preparados para executar o que é preciso.´´
Fonte e foto: assessoria de imprensa da Ponte Preta
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