Além de trabalhar com inteligência dentro de campo, com grande contratações, bom desempenho na Série A2 (Segunda Divisão) do Campeonato Paulista em 2020, chegando nas quartas de final, e conquistando o título da Copa Paulista, garantindo vaga na Série D do Brasileiro em 2021, Portuguesa também tenta mostrar a mesma competência fora das quatro linhas. Com dívida trabalhista estimada em R$ 50 milhões, a Lusa conseguiu a chance de equacionar suas contas e retomar a saúde das atividades do clube com a reunião de suas ações em fase de execução em um processo piloto da 59ª VT de São Paulo.
Desde o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2013, a situação financeira da Portuguesa estava decadente. Porém, as coisas parecem melhorar no ano de 2021.São vários processos em execução reunidos, de um total de 271 ações contra a Lusa.
O clube, apesar de suas dificuldades para se reerguer, já realizou 25 acordos extrajudiciais com redução dos valores devidos e também já solicitou a designação de audiências de conciliação, por meio dos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejuscs) para firmar mais acordos.
A proposta da Portuguesa é garantir um pagamento de 30% da receita fixa – ao menos, R$ 250 mil, mensalmente – para quitação dos diversos processos reunidos.
Com processos que vão desde 2004 até os dias de hoje, alguns credores da Lusa são bem conhecidos, como o volante Moisés, campeão brasileiro pelo Palmeiras, hoje na China. Entre os nomes que podem se beneficiar da medida ainda estão o zagueiro Domingos, ex-Santos; o meia Maylson, o atacante Diogo, última grande revelação da Lusa vendido ao Olympiakos, com passagens por Flamengo, Santos, Palmeiras e atualmente joga no futebol da Tailândia.
``Legalmente é uma medida fundamentada no PROVIMENTO GP/CR Nº 02/2019 do Tribunal Regional do Trabalho, cujo a Portuguesa preenche todos os requisitos para reunir as execuções trabalhistas e apresentar plano para liquidar as dívidas. É certo que, há tempos o clube passa por momentos críticos e com essa iniciativa demonstra que tem condições de sair dessa situação e quitar os diversos funcionários e atletas que estão sem receber´´, explicou o advogado Bruno Gallucci que representa alguns jogadores em processos contra a Lusa.