Dono de sólida e consagrada carreira como jogador, Ramon Menezes representou bem a tradição brasileira de talentosos meias que eram caracterizados pela objetividade e plasticidade dentro de campo. A capacidade de deter o status de cérebro do time, tanto pela criação quanto pela conclusão das jogadas, era elemento que colaborava para que o futebol nacional mantivesse a hegemonia mundial naquela época.
Ramon foi um dos exemplos nesse aspecto e encerrou sua carreira como atleta em 2013, ano em que iniciou a experiência no ramo de treinadores. Após fazer estágio com Oswaldo de Oliveira, ele recebeu a oportunidade de integrar a comissão técnica do Joinville e colaborou para a campanha que culminou no título da Série B do Campeonato Brasileiro de 2014.
Depois de sair do clube catarinense no início do ano, Ramon se considera pronto para assumir a principal função de comando de uma equipe. Ele completa 43 anos nesta terça-feira (30/6) e planeja iniciar o novo ano de sua vida realizando projeto que traça desde os tempos de jogador.
``Ser treinador é um dos planos que tenho há alguns anos. Chega idade em que a etapa como jogador tem de ser encerrada, mas, para alguns, a paixão pelo futebol é tão grande que se procura outras áreas para colaborar. Logo após encerrar a carreira como atleta, estabeleci algumas metas e procurei me preparar da melhor forma possível, pois o cargo de treinador chega a ser ainda mais desafiador. É profissão que exige a experiência de vestiário, do dia a dia de concentração, rotina dos campeonatos, mas cada vez mais necessita de dedicação ao estudo e ao conhecimento das tecnologias que ajudam no preparo físico e técnico dos jogadores. Procurei adquirir essa bagagem nos últimos anos, e foram muito proveitosas as experiências com estágios que fiz com outros profissionais, alguns cursos e o período como auxiliar no Joinville. Agora, espero iniciar bem a jornada e aprender cada vez mais nesta nova etapa´´, comentou.
O aniversariante espera repetir, na área técnica, o sucesso que teve dentro das quatro linhas. Ramon Menezes se tornou ídolo de grandes clubes do futebol brasileiro e conquistou quase todos os títulos possíveis. Pelo Cruzeiro, a Supercopa da Libertadores e a Copa do Brasil; pelo Vasco, o Campeonato Brasileiro, a Copa Libertadores e o Torneio Rio São-Paulo; além de estaduais conquistados pelo Atlético-MG, Vitória, bem como pelos clubes mencionados anteriormente. O jogador também construiu importantes recordes individuais, como, por exemplo, o terceiro lugar no ranking de meias artilheiros da história do Brasileirão.
Acompanhando de perto a situação dos clubes, bem como da Seleção Brasileira, Ramon Menezes acredita que o trabalho é o único meio de retomar a hegemonia do futebol mundial – que era motivo de orgulho nacional.
``Estamos passando por momento atípico, se considerada toda a história do futebol brasileiro, glórias conquistadas e prestígio mundial que a Seleção Brasileira construiu com o tempo. Mas cabe a nós, profissionais da área, tentar mudar esse quadro. É claro que para alcançarmos o posto que já ocupamos por muito tempo é necessário trabalho em longo prazo e cooperação entre todas as esferas. Mas não podemos perder as esperanças, pois o futebol brasileiro segue sendo uma fonte importante de talentos. Temos vários jogadores valorizados pelo mundo afora e que têm condições de representar bem o país. Contudo, precisamos melhorar a preparação, desde a formação do jogador até o seu amadurecimento, e que isso aconteça em todas as regiões do Brasil. Quero fazer parte deste momento de mudança e dar minha contribuição para que tenhamos campeonatos mais competitivos e jogadores que retomem aquele diferencial que o brasileiro sempre teve em relação aos de outras nacionalidades. Acredito que temos chance, trabalhando com dedicação e seriedade, de resgatar o orgulho nacional do público e recuperar o jogo vistoso que sempre foi característico do nosso futebol´´, analisou.
Ramon Menezes chega aos 43 anos com bom preparo para iniciar sua trajetória como treinador. O ex-jogador realizou, desde 2013, cursos de Educação Física, Competência Emocional, além de estágios com outros técnicos e a ocupação do cargo de auxiliar. Ele também faz parte da Associação Brasileira dos Treinadores de Futebol (ABTF) há dois anos.
Fonte e foto: Francis Melo Assessoria
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