Sindicato consegue na Justiça acabar com Sub 23 na Quarta Divisão do Paulista
O Sindicato de Atletas de São Paulo conseguiu nova liminar que obriga Federação Paulista de Futebol (FPF) a alterar regulamento, excluindo artigo 21 do Regulamento da Competição que proibia participação de atletas com idade acima de 23 anos, inclusive alterando o nome da competição para Campeonato Paulista de Futebol Profissional – Quarta (chamado de Segundona pela FPF) Divisão, sem mais constar a nomenclatura Sub 23.
Diante da definição da FPF, em meados de fevereiro, em realizar competição denominada profissional sub 23, o Sindicato de Atletas SP logo buscou a Justiça para que fosse respeitada a Constituição Federal e proibisse a discriminação vedada pela Federação.
A tentativa da criação de campeonato profissional sub 23 em 2018 servia para mascarar a discriminação concretizada no ano de 2017, que foi derrubada pelo Sindicato de Atletas de São Paulo.
Assim, decidiu o juiz da ação que a Federação Paulista de Futebol deverá alterar o nome da competição, excluir o artigo 21 do regulamento Especifico da Competição, ainda que ela não poderá proibir a participação de atletas nascidos antes de 1995, sob pena de multa.
Determinou, especialmente, que a FPF proceda publicação da decisão em seu site e que se abstenha de exigir assinatura de termo de responsabilidade dos clubes que queiram atuar com jogadores com idade acima de 23 anos ou que crie qualquer procedimento especial para que os clubes se utilizem dos atletas acima de 23 anos, quando do preenchimento da súmula da partida, fato que ocorreu no ano de 2017.
No ano de 2017, a FPF tentou a reversão da decisão através de mandado de segurança, sem sucesso. Esclarecer também que os clubes podem contratar e utilizar os atletas profissionais acima de 23 anos, sem medo de perder pontos, porque na remotíssima hipótese de reversão da medida – já não ocorrida ano passado, inclusive ratificada em sentença de mérito, a mudança não acarretará danos aos que se utilizarem dela porque estará protegido por ordem judicial.
Mais uma vez o Sindicato de Atletas de São Paulo resgata a dignidade do trabalhador atleta profissional e mostra que cuidado com os atletas é uma de suas vocações.
Fonte: Tuddo
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