O Valencia conheceu sua segunda derrota na Copa EuroAmericana. Na noite de terça-feira (29/7), o Universidad Católica, do Chile, recebeu os espanhóis no Estádio São Carlos de Apoquindo, em Santiago, e venceu por 1 a 0, gol de Muñoz, aos 43 minutos do segundo tempo. No sábado, no Peru, os europeus já tinham perdido para o Alianza Lima, nos pênaltis, após empate em 2 a 2 no tempo normal.
Apesar do resultado, a Europa ainda tem a liderança parcial no confronto, agora por 4 a 2, mas a vitória chilena manteve vivas as chances das Américas na competição. Nesta quarta-feira (30), o América do México recebe o Atlético de Madrid, às 19h00 e, na sequência, o Palmeiras encara a Fiorentina, às 21h50, no Estádio do Pacaembu, em partida que terá transmissão de Band, Bandsports e Sports +.
Em Santiago, o jogo começou bastante equilibrado, com poucas oportunidades de gol. O time da casa arriscava algumas descidas, mas o domínio era espanhol. A primeira boa chance veio apenas aos 28 minutos, e foi do Valencia. Piatti ganhou a jogada pela esquerda, veio cortando em diagonal e rolou para a chegada de Parejo, que finalizou de primeira, mas o goleiro Constanzo apareceu bem para salvar.
Os europeus continuavam bem no jogo, mas com pouca efetividade. Outra oportunidade veio aos 38 minutos, com a dupla Piatti e Parejo. Trabalhando pelo lado esquerdo, o meia argentino achou Parejo livre, na entrada da área. Ele ajeitou e arrematou forte, de pé direito, mas a bola passou à direita do gol.
Na jogada seguinte, o Valencia se complicou. Barragán, que havia levado cartão amarelo por reclamação, fez falta em Mark Gonzalez, matando o contra-ataque chileno. O árbitro Henrique Osses aplicou o segundo amarelo e expulsou o lateral. O time sul-americano cresceu e passou a dominar o final do primeiro tempo.
O técnico Nuno Espirito Santo promoveu três alterações no intervalo e, mesmo com um a menos, o Valencia começou melhor o segundo tempo. Logo no primeiro minuto, De Paul, um dos que entraram, cobrou escanteio e quase fez olímpico. Na sequência, Roberto cruzou e Otamendi não alcançou. No minuto seguinte, Roberto incomodou a zaga sul-americana mais uma vez. Ele avançou pela direita, fez boa finta no zagueiro, mas se desequilibrou e chutou fraco, facilitando a vida do goleiro Constanzo.
Mas a equipe da casa fez valer a superioridade numérica e passou a comandar as ações. Aos sete minutos, Bottinelli (ex-Flamengo e Coritiba) arriscou colocado, buscando o canto esquerdo do goleiro Doménech, mas a bola saiu. Cinco minutos depois, Mark Gonzalez recebeu lançamento, dominou dentro da área e chutou forte, mas a bola passou à direita do gol. Neste momento a pressão sul-americana aumentava e o Valencia foi se encolhendo em campo, saindo apenas nos contra-ataques.
Em nova investida da Universidad Católica, após cobrança de escanteio, a bola sobrou para o lateral-esquerdo Parot, que emendou uma bonita meia bicicleta. O goleiro Doménech se esticou e fez uma grande defesa, evitando o gol chileno. E só dava Católica. Na sequência, Muñoz fez boa jogada pela esquerda, ganhou do marcador e cruzou, mas ninguém apareceu para completar para o gol. As mudanças feitas pelo técnico Julio Falcioni no decorrer da segunda etapa surtiram efeito e o domínio do time da casa passava a ser maior, com bons chutes de fora da área e o goleiro Doménech aparecendo bem.
Quando o jogo encaminhava para os pênaltis, um lance de dois jogadores que saíram do banco definiu o confronto. Doménech espalmou chute de fora da área. Ramos aproveitou o rebote, dominou e partiu para cima da zaga espanhola. Após grande jogada, conseguiu cruzar para a área. A bola viajou e encontrou Muñoz que, de pé direito, arrematou no canto esquerdo do goleiro e decretou a vitória chilena.
Ficha técnica:
Universidad Católica: Constanzo; Alvarez, Pulgar, Cahais e Parot; Claudio Sepúlveda (Gonzalo Sepúlveda), Tomas Costa (Michael Rios), Bottinelli (Rojas) e Cordero; Mark Gonzalez (Alvaro Ramos) e David Llanos (Muñoz) Técnico: Julio Falcioni
Valencia: Doménech, Barragán, Otamendi, Ruben Vezo e Cissokho; Piatti (João Pereira), André Gomes (De Paul), Javi Fuego e Parejo (Guardado); Rodrigo (Vinícius Araújo) e Alcácer (Roberto) Técnico: Nuno Espirito Santo
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Gols: Muñoz (Universidad Católica), aos 43 minutos (2º tempo)
Cartões amarelos: Barragán, André Gomes e Cissokho (Valencia); Parot e Ramos (Universidad Católica)
Cartões vermelhos: Barragán (Valencia)
Local: Estádio São Carlos de Apoquindo, em Santiago (CHI)
Pontuação atualizada da Copa EuroAmericana: Europa 4 x 2 Américas.
Cada jogo vale um ponto. Veja a relação a seguir:
20/07: Junior Barranquilla (Colômbia) 0 x 1 Monaco (França)
23/07: Atlético Nacional (Colômbia) 2 x 4 Monaco (França)
26/07: Estudiantes (Argentina) 0 x 1 Fiorentina (Itália)
26/07: Alianza Lima (Peru) 2 (9) x (8) 2 Valencia (Espanha)
27/07: San Jose Earthquakes (EUA) 0 (3) x 0 (4) Atlético de Madrid (Espanha)
29/07: Universidad Católica (Chile) 1 x 0 Valencia (Espanha), 21h
30/07: América (México) x Atlético de Madrid (Espanha), 19h
30/07: Palmeiras (Brasil) x Fiorentina (Itália), 21h50
02/08: Universitário (Peru) x Fiorentina (Itália), 19h
Formato da competição - O esquema de disputa é um dos diferenciais da Copa EuroAmericana: definidos os confrontos, os times se enfrentam em jogo único. Em caso de empate, a decisão vai para as penalidades máximas. A vitória concede um ponto para o continente que a equipe representar - e não para o time. Ou seja, ao final do torneio o título será concedido ao continente que mais pontuar. Em 2013, a Europa bateu as Américas por 6 x 2. Para este ano, espera-se uma reação dos representantes americanos.
O vencedor de cada duelo recebe uma placa oficial em homenagem ao sucesso alcançado naquela disputa. Ao final do torneio, a confederação de futebol do continente vencedor receberá o troféu ‘James Hogg’, cujo nome foi inspirado em um dos introdutores do esporte bretão nas Américas. A taça foi especialmente desenhada para a Copa EuroAmericana pela artista chileno-brasileira Carina Oliveira e esculpida pela escultora argentina Natalie Wiber, com inspiração no logotipo da competição e na rivalidade histórica entre as escolas futebolísticas europeia e americana.
Criada em 2013, a Copa EuroAmericana reuniu, naquela ocasião, três equipes europeias (Atlético de Madrid e Sevilla, da Espanha, e Porto, de Portugal) e oito da América do Sul (Estudiantes de La Plata, da Argentina, Universidad Católica, do Chile, Millonarios e Atlético Nacional, da Colômbia, Barcelona, do Equador, Sporting Cristal, do Peru, Deportivo Anzoatégui, da Venezuela, e Nacional, do Uruguai). A disputa aconteceu entre 20 de julho e 4 de agosto, e todos os jogos foram realizados na América do Sul.
Além de Palmeiras e Fiorentina, disputam a segunda edição da Copa EuroAmericana os seguintes times: Atlético de Madrid (atual campeão espanhol), Monaco, Valencia (Espanha), América (México), Junior de Barranquilla e Atlético Nacional (ambos da Colômbia), San Jose Earthquakes (EUA), Universitário (Peru), Estudiantes (Argentina), Alianza Lima (Peru) e Universidad Católica (Chile).
Sobre a Copa EuroAmericana
A Copa EuroAmericana coloca frente a frente as melhores equipes de futebol europeias e americanas. Triunfa o continente que vencer mais partidas em toda a competição. A primeira edição foi realizada em 2013, com um total de oito encontros. O torneio é organizado pela DIRECTV, operadora de TV paga com presença nos Estados Unidos, na América Latina e no Caribe. Maiores informações em www.copaeuroamericana.com
Fonte: XYZ Live