Carlos Rossi está de volta ao comando técnico do Catanduvense, que disputa o Campeonato Paulista da Segunda Divisão (Série A-2). A apresentação do treinador aconteceu na tarde desta sexta-feira. Ele se reuniu com os demais integrantes da comissão técnica e os jogadores e começou a trabalhar para encarar o Guaratinguetá, neste domingo, às 16 horas, fora de casa, pela sexta rodada da competição.
- Eu estou com problemas no departamento médico, tenho jogadores que estão fora do jogo, pode ser que o Luciano não vá, enfim tenho muitos problemas para resolver – admitiu o novo treinador.
Carlos Rossi falou da sua expectativa ao assumir o Catanduvense e disse que, no papel, a equipe é boa.
- A expectativa é boa, é uma casa que eu já conheço, fiz um bom trabalho há um ano e meio atrás, as pessoas que cercam o clube, os dirigentes são pessoas sérias e é visível que a equipe possui certas carências pelo que eu notei, mas eu acho que temos que estar alí brigando. Agora, tudo é uma questão de tempo. Mas tempo é o que eu não tenho – lamentou Rossi.
A CULPA É DELES
Ao pedir demissão do Catanduvense, Candinho Farias preferiu ignorar os repórteres que estavam no estádio Silvio Salles e entregou apenas uma cópia do seu pedido de demissão. Porém, em entrevista concedida ao globoesporte.com, o treinador afirmou que a rotatividade no emprego de técnico passa pela baixa qualidade dos atletas.
- Quando o dirigente precisa dar uma satisfação ao torcedor, o treinador vira o culpado pelos problemas. Mas a verdade é que a qualidade dos atletas caiu muito. Os times estão equilibrados por baixo. Mesmo na Copa São Paulo de Juniores, com 91 equipes brasileiras, você não conseguiu juntar 20 jogadores promissores. Além disso, os atletas estão subindo muito novos e sem fundamentos. Alguns treinadores são vítimas da má formação na base – explicou Candinho.
A teoria do ex-técnico gremista vai além, citando ainda, os números da sua passagem relâmpago pelo “Bruxo”. onde obteve duas vitórias e três derrotas.
- No meu caso, você vê o histórico de finalização do Catanduvense nos últimos três jogos e comprova o que estou falando. Contra o Atlético Sorocaba (vitória por 1 a 0), foram 11 finalizações no segundo tempo e fizemos um gol apenas. Diante do América (derrota por 3 a 1), tivemos seis oportunidades nos primeiros 20 minutos e nada. E na partida frente ao Flamengo de Guarulhos, a equipe teve 15 situações claras de gol e perdemos por 1 a 0, com um gol de pênalti, aos 49 do segundo tempo – contou o ex-treinador do Catanduvense, afirmando ainda que rejeitou duas propostas enquanto estava empregado por lealdade ao projeto do clube, mas, por ora, disse que prefere parar um pouco e ir pescar.
Candinho só não revelou que boa parte desses atletas, considerados de baixo nível técnico, foram contratados sob sua indicação, além de omitir que no elenco há jogadores como os veteranos Amaral, Dedimar e Alberto.
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