Depois de muito esforço e dedicação para chegar às semifinais da Copa Sul-Americana, a Ponte Preta perdeu o direito de jogar em casa na partida de volta contra o São Paulo. O regulamento da competição exige que o local da disputa tenha 20 mil lugares desde às oitavas de final. Os adversários anteriores não se atentaram a isso e jogaram em Campinas. Mas a diretoria são-paulina reclamou e a Conmebol vetou o estádio Moisés Lucarelli.
Nesta segunda-feira (18/11), a Conmebol atendeu ao pedido do São Paulo e solicitou que a Ponte Preta designe um outro estádio para a partida de volta das semifinais da Copa Sul-Americana.
``Estamos avaliando junto à Federação Paulista de Futebol quais outros estádios têm de maneira inquestionável não só a capacidade como também a liberação para 20 mil pessoas e então definiremos onde será. Se o São Paulo não tivesse questionado, o jogo seria aqui normalmente.É lamentável que um tricampeão mundial tenha chegado a este ponto, uma atitude mesquinha, picuinha. Em vez de se preocupar com futebol, está se preocupando com capacidade de estádio, alegando que aqui é maltratado. Ninguém ganha com isso. Nosso estádio já estava preparado e aqui a Polícia garante a segurança em grandes eventos, tem o know how para isso. É uma tristeza também para a cidade de Campinas, que poderia receber uma semifinal de Sul-Americana´, diz o presidente ponte-pretano Márcio Della Volpe.
Della Volpe conta que o São Paulo chegou a produzir um dossiê contrário ao estádio da Macaca.
``São mais ou menos 100 páginas detonando o Majestoso, o que é no mínimo curioso, sabendo que eles jogaram aqui no Paulista e no Brasileiro sem nunca apontar um problema, sendo que Deportivo e Vélez jogaram aqui e o delegado da Sul-Americana elogiou muito o Moisés Lucarelli, as condições, o tratamento´´, afirma.
O presidente alvinegro rechaça as alegações de falta de segurança utilizadas pelo São Paulo, reforçando que mudar o jogo no Majestoso aumentaria os riscos envolvendo o confronto entre as torcidas.
``Agora sim a insegurança está instalada. Vamos colocar 20 mil torcedores na estrada e vai ser aquela complicação, pois nossa torcida estará raivosa por não jogar em casa Infelizmente isso tem sido comum na vida do São Paulo. Eles brigam tanto com outros times que parecem gostar disso´´, afirma o cartola.
O dirigente alvinegro reforça que a Ponte tomou todas as medidas possíveis para manter o jogo no Majestoso e espera anunciar o novo palco da semifinal definitiva até o final desta semana.
``Queremos agora que a própria FPF e a CBF oficializem de maneira clara a capacidade do estádio que iremos escolher, pois chegou até nós a informação de que o São Paulo já estaria questionando a capacidade do estádio do Mogi Mirim, que é uma das opções, demonstrando mais uma vez sua clara intenção de prejudicar o adversário fora do gramado´´, finaliza.
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