Após o acesso da Ponte Preta, conquistado com a vitória por 2 a 0 diante do Bragantino, sábado (8/11), o técnico Guto Ferreira – que não pode estar presente no campo em virtude da expulsão contra o Avaí - fez questão de enaltecer todos os envolvidos no processo vitorioso.
Guto destaca o trabalho feito pelos atletas dentro de campo, a diretoria, sua comissão técnica, profissionais do clube e, claro, a torcida ponte-pretana, que foi o 12º jogador em toda a campanha. O treinador também falou com muito carinho sobre o sentimento que tem quando veste o uniforme da Macaca e disse que agora o pensamento é de conquistar o título da Série B.
Qual a importância desse acesso para a Ponte Preta? O que representa para o clube e para você essa conquista?
Isso mostra a força de um clube que nos últimos anos tem conquistado resultados bastante expressivos. Mostra que se organizou e vem se fortalecendo: não é à toa que no ano passado foi Campeão do Interior, chegou na final da Copa Sul Americana. Teve percalço, mas a força de ter recuperado, de maneira bastante importante e rápida, foi positiva. Nos últimos três anos de Campeonato Paulista, a Ponte tem se classificado para as finais e isso mostra a força no futebol, que é feito com organização, com critério. Com dificuldades também, sim, mas com muito embasamento dentro do clube. Acho que neste aspecto mostra a força desse trabalho.
Para você qual é a importância da diretoria, dos jogadores e da torcida neste acesso?
É a união das três. O primeiro plano são os jogadores dentro do campo, comprando a ideia, fortalecendo o trabalho e se doando de tal maneira dentro de campo, se comprometendo com tanto empenho que resultados estão acontecendo. Da direção, embasando e não deixando problemas. Fazendo com que os jogadores só pensassem em jogar seu melhor futebol. E a torcida sendo o 12º jogador, como sempre foi. Empurrando, entendendo nos momentos lá atrás, quando a equipe tinha dificuldades para arrancar. Jogando de forma intensa e, logicamente, na reta final quando você embala, até para a torcida é mais fácil. Mas o principal momento da torcida não está sendo agora, mas sim lá atrás, por entender o momento, que poderíamos oscilar e em momento algum pôs o trabalho para baixo, sempre empurrando, acreditando. Que bom podermos estar vivendo esse momento.
E como sua comissão e os funcionários da Ponte entram nesse processo?
Eu acho que dentro do campo é a realização do trabalho. São profissionais extremamente competentes e sérios. Com comprometimento muito grande, com qualidade de trabalho e aí passa pelo carinho que temos das cozinheiras, faxineiras, pessoal que cuida da roupa, do campo. Do carinho e dedicação do Bezerra e seu Roberto (roupeiros), do Rogério e Thiago (massagistas), da assessoria de imprensa, marketing, médicos, fisioterapeutas. Não é só competência, mas comprometimento e entrega dos caras ao trabalho. Eu tive problemas e teve um cara comigo, à meia noite, chamei o Dr. Hesojy e ele veio me atender e ficou comigo até as 3 da manhã. Então você vê o comprometimento das pessoas e o trabalho dele só reflete o trabalho de todos os outros aqui dentro. A dedicação do trabalho do Norberto (fisiologista), Caio (auxiliar de preparação física), Lucas (preparador físico), o André Dias (preparador de goleiros), Eduardo (auxiliar de preparação de goleiros), André Luís (auxiliar técnico), Alexandre (auxiliar técnico), sempre fortalecendo o que temos de proposta. E tem o pessoal do futebol, o Rafael Zucon, Adilson, Cláudia e Gustavo Bueno, que entende muito, tem que ser muito valorizado, sabe bem o que está fazendo, facilita muito para gente. Toda essa somatória, da família comissão técnica, família funcionários, reflete na família Ponte. Esse ambiente sadio, de jogadores extremamente comprometidos com o projeto e isso é resultado de tudo que falamos.
Qual a sensação quando você veste o uniforme da Ponte Preta? Qual o sentimento que você nutre por este clube?
É um carinho ímpar. A medida que você vai vencendo dentro do clube e recebe, desde o primeiro momento, o carinho aqui dentro, fica uma coisa muito gostosa. Você começa a se sentir em casa, perde pouco o lado profissional e deixa ter lado sentimental junto. E isso é gostoso. Esse momento, cada vez que venho aqui é esse sentimento. Sou profissional que procura em cada clube que vai, literalmente, vestir a camisa. O momento é da Ponte e o sentimento é tão forte e tão intenso quanto nos outros também.
E já dá para pensar em título após esse acesso?
Esse é o grande sonho do clube. Desde lá atrás, quando estávamos em 10º lugar, nós nunca deixamos de pensar. À medida que temos agora como meta e agora não temos nada a perder, só temos a ganhar. Temos que literalmente entrar de cabeça e buscar isso aí.
JOGO
Foram 34 rodadas de espera, mas o que todo torcedor ponte-pretano queria se concretizou neste sábado (8). A Ponte Preta está de volta a Série A! A Macaca volta à elite do futebol nacional, após vencer a equipe do Bragantino, no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, por 2 a 0. Os gols foram marcados por Alexandro e Roni.
Com o resultado a Ponte foi a 67 pontos, reassumiu a liderança da competição e agora segue em busca do título. O próximo adversário será o Joinville, no próximo sábado(15), às 16h20, na Arena Joinville.
A primeira boa oportunidade foi da Ponte. Cafu, aos 8 minutos, desceu pelo lado direito, entrou em diagonal e finalizou. O goleiro Matheus fez a defesa. Aos 12, a Macaca quase abriu o marcador com Alexandro. Rafael Costa cruzou pela direita e o centroavante cabeceou para boa defesa do arqueiro.
Aos 22, a Ponte teve mais um boa chance em bicicleta de Rafael Costa. Aos 36, a Ponte teve mais uma chance em cobrança de falta de Renato Cajá. Cinco minutos depois quem levou perigo foi o time da casa. Léo Jaime desceu pelo lado esquerdo, fez o cruzamento e Luisinho perdeu o gol.
Aos 43, Renato Cajá pegou a bola no campo defensivo e tocou para Alexandro. O atleta chutou colocado, de fora da área, mas a bola caprichosamente bateu na trave e saiu.
O segundo tempo começou e quem chegou primeiro ao ataque foi o Bragantino aos dois minutos. Léo Jaime chutou forte, mas o goleiro Roberto fez a defesa. Aos seis, a Ponte teve grande chance. Rafael Costa serviu Fernando Bob, que finalizou bem. Matheus fez grande defesa.
O Bragantino chegou bem aos 12. Luisinho recebeu dentro da área e chutou a bola em cima de Rodinei. Na sequência, Erik pegou a sobra, mas Roberto defendeu a finalização. Aos 21, o time da casa novamente levou perigo. Magno Cruz chutou a bola na rede pelo lado de fora.
Aos 29, o zagueiro Tobi disputou bola com Roni, que se jogou. O juiz deu pênalti. Na cobrança, Alexandro chutou com categoria e abriu o placar para a Ponte: 12 gols marcados pelo Macacão. A equipe quase ampliou com Fernando Bob.
Aos 42, a Ponte Preta sacramentou o acesso com golaço de Roni, que arriscou de fora da área, a bola pegou efeito sem defesa para o goleiro do Bragantino.
Ficha Técnica:
Ponte Preta
Roberto; Rodinei, Tiago Alves, Gilvan e Bryan; Fernando Bob, Adilson Goiano (Juninho), Renato Cajá e Cafú; Alexandro (Raphael Silva) e Rafael Costa (Roni)
Técnico: Alexandre Faganello.
Bragantino
Matheus; Robertinho, Tobi e Leonardo Moura, Uchoa, Geandro, Sadro (Magno Cruz) e Bruno Recife, Léo Jaime, Luisinho (Caboré) e Washington (Erik). Técnico: André Gaspar.
Data: 8/11/2014
Local:.Nabi Abi Chedid – Bragança Paulista/SP
Árbitro: Flavio Rodrigues Guerra - SP
Auxiliares: Vicente Romano Neto – SP e Marco Antonio de Andrade Motta Junior - SP
Cartões Amarelos: Tobi, Robertinho e Bruno Recife (Bragantino).
Gols: Alexandro e Roni.
Fonte: assessoria de imprensa da Ponte Preta
A Careca e a Bicharada. Niterói RJ.
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