Sem tempo para lamentar a derrota por 1 a 0 para o Santo André, no Majestoso, em Campinas, na última quinta-feira (4/3), a Ponte Preta treinou nesta sexta (5) já pensando no confronto contra o Corinthians, em Itaquera, no domingo (7), às 11 horas. O técnico Fábio Moreno reconhece que somar um ponto nos seis possíveis até agora, com um empate fora e um revés em casa, está muito distante do que almeja na competição.``Isso pesa bastante, porque é campeonato de tiro curto e precisamos pontuar toda rodada. Precisamos reaver os pontos que deixamos de conquistar, os três de quinta-feira e os dois de Novo Horizonte, porque analisando friamente éramos merecedores dos seis, poderíamos ter ganho as partidas. Vamos ter que tirar de algum lugar, ir atrás do que deixamos de ganhar, buscar retomada de performance e dos pontos, mesmo fora de casa contra Corinthians, Gama, pela Copa do Brasil, e Botafogo na sequência do Paulistão. A responsabilidade aumentou e precisamos somar o número máximo de pontos para retomarmos à luta´´, afirma.
Moreno avalia o que viu em campo contra o Santo André.
``Enfrentamos adversário duro e tivemos primeiro tempo que não me agradou, erramos muitos passes até por posicionamento errado, algo que chamei a atenção de forma dura no intervalo, porque eles fizeram algumas coisas que a gente não trabalha, não pede. Precisou desse ajuste. Temos forma clara de posicionar, trabalhar, e estava desajustado´´, admite.
Feitas as correções, o treinador acredita que o time melhorou.
``Conseguimos organizar melhor, os passes começaram a entrar quebrando linha, foram mais de 25, a equipe se ajustou e conseguimos ter chegada boa, mas faltou a eficiência para concluir. Defensivamente sofremos pouco, tomamos um gol de longe, num chute despretensioso que foi onde o Luan não conseguiu alcançar´´, analisa.
O treinador reforça que as dificuldades de última hora da equipe, com lesão de Ednei e jogadores infectados pela Covid, pesaram.
``Não sou de dar desculpa nem transferir a responsabilidade que é minha, principalmente quando perdemos, mas é fato que de um jogo pra outro não temos Rayan, Ednei, Camilo. Já havíamos ficado sem Barreto, Ygor, Guilherme, e com isso a gente perde um pouco do conjunto que estamos brigando para manter. Quando você passa por problema como esse, com lesão e Covid, sacrifica alguma coisa. Ainda assim, não estou lamentando e o segundo tempo foi bom. O torcedor, assim como nós, fica chateado, mas viu equipe que lutou até o último minuto e se empenhou pelo resultado positivo, que infelizmente não veio´´, fala.Moreno destaca, porém, diferencial importante que viu na equipe.
``O lado positivo é que não foram chances perdidas em lance individual ou em jogada esporádica, como ocorreu muitas vezes no ano passado. Foram jogadas trabalhadas, construídas, mostradas em treino. Isso deixa a gente mais tranquilo, porque quando o time não produz e monta jogadas, dá muito mais trabalho. Precisamos melhorar a finalização, mas no próximo jogo talvez as jogadas já saiam com arremate mais feliz´´, frisa.
As trocas realizadas em campo, como, por exemplo, a substituição do atacante Pedrinh, foi analisada pelo treinador.
``A gente estava com dificuldade em enfrentar o Santo Andre, time físico, de encaixe e que vai para o duelo. O Pedrinho precisa de campo, fazer o um contra um, e já tinha sofrido quatro ou cinco faltas duras. A isso soma campo pesado, passando por reformas, e fica jogo físico demais para o perfil dele´´, pontua.
Coronavírus
Perguntado sobre a infecção do coronavírus, Fábio Moreno comenta e destaca que a questão é temerária e vai muito além das quatro linhas.
``É muito preocupante a situação do vírus no Brasil, estão crescendo os casos, as mortes, está muito pior que no ano passado´´, disse.
Por essa razão, o treinador acredita que é necessário que toda a sociedade tenha mais consciência.
``Se no ano passado tivemos o entendimento de repensar as situações, acho que o cuidado agora tem que ser redobrado, porque não tem vacina para todo mundo e há diversos problemas para administrar na saúde publica. Nós, do futebol, somos privilegiados porque somos testados continuamente, nos mantemos isolados, seguimos protocolos e ainda assim somos infectados – hoje no clube tem 10% das pessoas que tiveram contato com o vírus, isso mostra os problemas que enfrentamos. Mais do que atletas, nos preocupamos com funcionários, familiares, temos que nos cuidar e proteger a todos, pensar bem e ter bom senso para não colocar nada além da vida em primeiro lugar´´, ressalta.
Fonte e foto: assessoria de imprensa da Ponte