Os 20 textos selecionados pelo júri tratam do futebol na América do Sul - paixões, dramas e memórias que unem a região em torno do esporte
Paixões, dramas e memórias que unem os países da América do Sul através do futebol. São histórias de imigração, lembranças de torcedores, resistência feminina, memórias de guerras e ditaduras e rivalidade nas fronteiras em histórias que emocionam e fazem rir. Assim são os 20 textos vencedores do Concurso de Crônicas e Contos do Museu do Futebol 2025, cujos resultados estão sendo anunciados agora. Localizado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, o Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
O concurso teve como tema central o futebol sul-americano, inspirado na exposição temporária ¡Cancha brava! Futebol sudamericano en disputa, em cartaz no museu até abril de 2026. Por isso, pela primeira vez foram aceitos textos em espanhol, desde que o autor ou autora seja residente no Brasil.
Em sua quarta edição, o concurso teve novamente a parceria da Revista Placar. Além do prêmio em dinheiro e da publicação dos textos em um livro bilíngue (português e espanhol), esta edição traz uma novidade: pela primeira vez, os textos terão também uma versão em audiolivro, em português e espanhol, produzida e disponibilizada gratuitamente pelo aplicativo do Skeelo, uma das principais plataformas de audiobooks e ebooks do Brasil.
Em primeiro lugar, o texto As jugulares da Améfrica Ladina, de Antonio Gomes de Jesus Neto, narra a história de um imigrante africano que vem à América do Sul em busca do sonho de tornar-se jogador profissional. Chega pelo Peru e percorre praticamente todo o continente até se estabelecer em Mar del Plata, observando e sentindo na pele as complexidades da uma região ainda marcada pela desigualdade e pelo racismo.
Em segundo lugar ficou Driblando fronteiras, de Reginaldo Pereira, ambientada na região de tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Na cidade de colombiana de Letícia, a participação do Brasil nas Copas do Mundo sempre foi motivo para uma festa entre vizinhos – mas isso muda quanto Seleção encontra a Colômbia nas quartas de final de 2014. O clima historicamente amistoso começa a se encher de tensão, até que a ideia de um jogo amistoso entre moradores restaura a paz local.
Negócio de família, de Maria Elisa Savaget Carneiro, ficou em terceiro lugar com a narrativa bem-humorada sobre uma família inusitada que mora ao lado de um estádio de futebol, tendo como maior diversão tentar entrar sorrateiramente nos clássicos. A história guarda uma surpresa que só se revela na última linha.
De 4º a 20º lugares, foram classificados os seguintes textos (por ordem alfabética, sem ranking):
A América cabe no meu quintal, de Dudu Machado
A partida, de Bibiana Lucas
Bette, jogadora de futebol, brilha no primeiro clássico Gre-Nal de futebol feminino, de Ana Laura Chepp
Eu odeio Rivelino, de Roberto Vieira
Fronteiras, de Weslley da Silva
Ganhamos ontem, de Mateo Olivera Santivañez
Ignacio e Toto, de Cassio Giorgetti
La frontera, de Maria Fernanda Moraes
La mejor final de la historia o una mejor historia sin final, de Maira Yesenia Trujillo Vanegas
O jogo dos abraços, de Sidney Dupeyrat
Suplantación, de Gabriel Mamani Magne
Tarde carioca, de Gabriel Bortulini
Um conto de futebol, de Leticia Quadros
Um respiro à altura, de Leonardo Catto
Un dinosaurio en Santiago, de Francesco Jordani Rodrigues
Vizinhos, de David Ehrlich
Zagueiro-zagueiro, de Leo Lepri
Os vencedores receberão prêmios de R$ 3.000 para o primeiro lugar; R$ 2.000 para o segundo; R$ 1.500 para o terceiro e R$ 800 cada um dos demais. Todos os textos vencedores podem ser lidos no site do Museu do Futebol.
Julgamento
Foram recebidas 762 inscrições válidas de todo o Brasil - número recorde desde a criação do Concurso. Os textos foram avaliados pelo júro composto pela escritora Luiza Romão, vencedora do Prêmio Jabuti 2022 com o livro de poesia Também guardamos pedras aqui; pelo historiador e podcaster Matias Pinto, pesquisador e apresentador de vários casts, entre eles O Som das Torcidas e Xadrez Verbal; o repórter Klaus Richmond, da Revista Placar; e a coordenadora do Núcleo de Comunicação e Marketing do Museu do Futebol, Renata Beltrão, organizadora do concurso. Luiza Romão e Matias Pinto são curadores da exposição temporária ¡Cancha Brava! Futebol sudamericano en disputa.
SOBRE O MUSEU DO FUTEBOL
Localizado numa área de 6.900 m² no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – o Pacaembu, o Museu do Futebol possui salas expositivas que instigam o visitante a experimentar sensações e compreender por que, no Brasil, o futebol é mais do que um esporte: é nosso patrimônio, parte de nossa cultura e de nossa identidade.
O Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido pela Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.
PATROCINADORES E PARCEIROS
A temporada 2025 do Museu do Futebol conta com patrocínio do Mercado Livre, Arkema, Goodyear, Farmacêutica EMS e Itaú Unibanco; apoio da Adidas, Grupo Globo, Pinheiro Neto Advogados, Grupo Zanchetta e Sabesp; conta ainda com a Evonik Brasil como empresa parceira e dos parceiros de mídia Revista Piauí, Rádio Transamérica FM, Gazeta Esportiva, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux. O Museu do Futebol é realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e do Ministério da Cultura – Lei Rouanet.

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