sexta-feira, 6 de março de 2015

Ponte pede ao STJD que permita entrada de mulheres e crianças nos jogos com portões fechados

Transformar castigo em exemplo, punição em ação sócio-educativa. Com este objetivo, a Associação Atlética Ponte Preta entrou hoje com representação no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitando que, nos dois jogos do Campeonato Brasileiro 2015 em que será obrigada a jogar com os portões fechados (São Paulo e Chapecoense, na segunda e quarta rodadas, respectivamente), seja autorizada apenas a entrada - gratuita - de mulheres e crianças de até 12 anos.

``É uma boa ideia que surgiu de alguns torcedores e estava movimentando as redes sociais pela torcida ponte-pretana. Trata-se de ação embasada em antecedente criado pelo Fenerbahce, da Turquia, que foi punido da mesma forma que a Ponte, ou seja, a jogar em seu estádio com os portões fechados. O clube e a Federação Turca decidiram abrir os portões apenas para mulheres e crianças, no intuito de promover a paz nos estádios´´, diz o advogado Giuliano Guerreiro, diretor jurídico da Ponte Preta.

Apesar de ser uma situação que não é prevista pela legislação esportiva, Guerreiro acredita que se trata de bom exemplo que deveria ser seguido e espera que o STJD avalie de maneira positiva a situação.

``Em vez de se punir toda torcida pelo ato de alguns vândalos, propomos exercer, sim, um ato punitivo, mas liberando para mulheres e crianças - que nunca estão envolvidos em atos de violência no futebol - entrarem. Na Turquia essa ação, realizada em setembro de 2011, colocou 42 mil pessoas no estádio, em um clima de paz e em um marco exemplar que ganhou as páginas dos jornais em todo o mundo. Creio que é um modelo que devia ser seguido´´, finaliza.

O vice-presidente alvinegro, Giovanni Dimarzio, é um dos entusiastas da proposta  e torce para que ela possa ser acatada.

``Trata-se de ideia sensacional vinda de alguns torcedores e a Ponte abraçou a causa e tem total interesse em viabilizar. No que depender da instituição, não mediremos esforços para isso´´, garante.

No caso do Fenerbahce, a punição transformada em partida exclusiva para mulheres e crianças foi decorrente de brigas de torcida ocorridas em partida da equipe com o Shakhtar Donetsk. Já a Ponte foi punida por confusão envolvendo a torcida no ano passado no jogo contra o Joinville, ocorrida após provocações do locutor do estádio. Ambos os times terão de realizar partida com portões fechados (uma no caso do Joinville e duas para Macaca, já que foi constatada reincidência por parte dos torcedores alvinegros).






Fonte: assessoria de imprensa da Ponte

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