Perto da retomada do Paulistão, a Ponte Preta sabe que só dois resultados positivos – contra Novorizontino e Mirassol – interessam na luta para reagir. A Macaca precisa de seis pontos para não correr risco de rebaixamento e ainda ter chances de se classificar às quartas de final.
``Nosso protocolo é vencer. Vamos para a guerra, vamos para o pau para reverter a situação dentro de campo. É essa situação dentro de campo que também vai definir o futuro de muitos atletas dentro da Ponte Preta´´, disse o presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho.
O dirigente abordou este e outros temas relevantes sobre a Macaca:
Retomada dos jogos no Paulista
Estamos convencidos que a Ponte não está se preparando apenas para jogar as duas partidas que faltam para a primeira fase. São duas partidas importantíssimas, nas quais precisamos jogar nossa vida em campo, mas a Ponte quer mais. Acreditamos que podemos vencer esses jogos e prosseguir na competição, sonhando um pouco mais alto.
Reforços
Nos reforçamos pensando não só no Paulista, mas na Série B. Claro que gostaríamos de contar com os oito contratados, mas infelizmente a regra da competição neste retorno não permite. Vamos fazer esforço para colocar o Osman em campo e viabilizar a inscrição do Moisés. Deixamos claro que não encerrou o ciclo de contratação. Precisamos reforçar o ataque e o sistema defensivo. Até dia 20 de julho, o ultimo minuto, vamos buscar reforços ao Paulistão para entrarmos com força máxima.
Adaptações nas regras do Paulista
A proposta do presidente da FPF foi não entrar em debate sobre mudanças significativas nas regras da competição. O que ele abriu para debate foi apenas adaptação sobre inscrições de jogadores. Existe ainda muita dúvida em relação ao regulamento. Me parece que a reunião não terminou, tem situação em aberto, dúvidas se aquilo que chamamos de adequação ao regulamento significa adequação ou alteração. A preocupação central da Ponte é o direito de exercer o mando, de jogar no Majestoso. Não temos nenhuma garantia de como estaremos no dia 22. Na segunda-feira (13/7) teremos reunião para avançar esse tema. Não teve disposição da Federação de colocar outros temas em debate, como o rebaixamento, para não aumentar a insegurança jurídica do campeonato.
Mando de campo
Hoje só cinco equipes podem jogar em suas cidades, basicamente os que mandam jogos na capital e o Água Santa. 11 clubes no estágio atual não podem jogar em seus estádios. Hoje considero pouco provável que a Ponte consiga jogar em Campinas. Estamos orientando a comissão técnica no sentido de buscar alternativas. Vários clubes disponibilizaram suas estruturas para essas partidas. Vamos ter nova reunião na segunda-feira e aguardar esse posicionamento, ouvir orientações sanitárias e buscar realizar os jogos em lugares que os atletas estejam seguros. Também temos de considerar a condição do gramado dos estádios. Outra questão é que o regulamento estabelece que todos os jogos da última rodada têm de ser no mesmo horário e dia. Hoje não teríamos estádios disponíveis para fazer isso diante das regras da pandemia.
Todas as atividades econômicas foram afetadas pela pandemia e não estamos falando apenas da Ponte, mas de todos os times de futebol, empresas, instituições. Trabalho em empresa cujo principal acionista fica na China, que enfrentou o Covid-19 antes do Brasil, pudemos acompanhar de perto as medidas tomadas lá e nos antecipar em diversas situações. Muitas empresas tiveram dificuldades em aderir às mesmas medidas implementadas pelo governo federal para enfrentamento da pandemia, mas a Ponte aproveitou todas as janelas de oportunidade. Quero cumprimentar nossos profissionais de RH, contabilidade e jurídico, pois conseguimos renegociar passivos trabalhistas, aproveitamos as medidas provisórias, colocamos a maioria absoluta dos funcionários no sistema disponibilizado pelo governo no qual ele compartilha conosco os salários, atuamos fortemente para mudanças no Profut, postergando pagamentos e incluindo outras questões no programa. Ainda assim, é claro que ninguém no futebol estava preparado para enfrentar 120 dias sem receitas no futebol , mas buscamos aproveitar o melhor possível esse período. Deixamos claro que faríamos aos jogadores proposta justa, preservando os menores salários e pagando aquilo que estava na carteira, colocando garantias trabalhistas, eventuais problemas de saúde ocupacionais, de forma a aferir menor prejuízo aos colaboradores. Dissemos que não teríamos condição de pagar direito de imagem, pagamos apenas parte, e temos a expectativa de ir – ao contrário de vários clubes - saldando o resto quando as competições voltarem, ma medida em que formos avançando na Copa do Brasil. No entendimento nosso, a Ponte não deve nada, nenhum centavo a ninguém, estamos honrando o que prometemos.
Gestão equalizada
Nosso departamento financeiro conseguiu equacionar tudo. Só neste último mês, e em decorrência de atrasos de clubes renomados no futebol internacional que não conseguiram honrar seus compromissos, contamos com a colaboração de Sérgio Carnielli para quitar pendências em julho. Estamos preparados para enfrentar o segundo semestre. Claro que não queremos nos desfazer do Ivan, mas como tem muita gente querendo, se isso acontecer a gente entra em situação financeira muito confortável no segundo semestre para buscar o acesso.
Ivan
Tem coisas que são escolhas na vida. Uma escolha que fizemos com o Ivan é não fazer liquidação. A Ponte está organizada o suficiente para fazer negociação com o Ivan que atenda o que o ele representa, não o que a Ponte quer. O Ivan, seguramente, é um dos melhores goleiros do mundo hoje. A gente tem de se orgulhar disso. A Ponte vai esperar a melhor proposta. Eu, pessoalmente falando, entendo que não vai acontecer muita coisa até o desfecho das principais competições na Europa. Depois devem aparecer boas oportunidades para nosso camisa 1.
Pagamentos de Camilo e Emerson
Os dirigentes do Lyon garantiram que vão honrar com a parcela do dia 31 de julho, agora, referente ao Camilo. O pagamento está no planejamento para cair no começo de agosto. Sobre as pendências do Emerson, estamos na expectativa de receber os recursos. A vida não está fácil para ninguém, mas há o compromisso dos clubes envolvidos de resolver esse problema até o fim de julho.
Fonte e foto: assessoria de imprensa da Ponte Preta