O Mogi Mirim está matematicamente rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro. E com recordes negativos na Série B: time que mais perdeu, pior defesa, maior número de trocas de treinadores (cinco), contratações erradas, falta de planejamento, venda do clube em plena competição, instabilidade emocional do craque e presidente Rivaldo, que foi cartola e jogador. Não é à toa que é lanterna da competição e caiu faltando cinco rodadas para encerrar o torneio.
O rebaixamento do Mogi Mirim foi consolidado no sábado (31/10), em casa, quando perdeu para o desesperado Ceará, que também está na zona do rebaixamento, por 2 a 0, gols de Ricardinho, cobrando pênaltis. Mas a verdade é que o popular Sapão, terceiro colocado na Série C de 2014, chegou em 2015 na Série B com pensamento de clube de várzea.
Rivaldo, que cansava de reclamar do clube, da cidade, da falta de patrocinadores, da ausência da torcida, queria vender o Mogi Mirim. E talvez por isso fez planejamento varzeano. Tanto que pra economizar, o craque presidente contratou o inexperiente Edinho, filho de Pelé, auxiliar-técnico de baixo escalão no Santos, para ser o treinador na Série B.
Com Edinho no comando, o Mogi Mirim colecionou surras e a lanterna da Série B desde a primeira rodada. Rivaldo percebeu o erro, demitiu Edinho e seguiu na campanha do bom e barato. Trouxe Ailton Silva, ex-auxiliar do São Caetano, com passagem sem brilho no próprio Sapão. E a péssima campanha prosseguiu.
No desespero, Rivaldo finalmente demitiu Ailton Silva e trouxe o experiente Sérgio Guedes. E também decidiu a abandonar a aposentadoria, virando jogador, atuando ao lado do seu filho, Rivaldinho, nos jogos dentro de casa. O Sapão deu sinais de vida, venceu, alguns jogos convenceu e demonstrava poder de ração para sair da zona do rebaixamento. Por pouco tempo!
Rivaldo vendeu o Mogi Mirim para um grupo português. Abandonou o futebol outra vez. Negociou seu filho para o futebol português e vários dos principais jogadores saíram. O time degringolou, caiu de produção outra vez e Sérgio Guedes, sem suportar tanta bagunça, foi embora.
Os novos proprietários do Mogi Mirim, profissionais, sabiam que a bagunça era generalizada. E trouxera Márcio Goiano para comandar o time, o quarto treinador. Mas ele sucumbiu diante de elenco limitado e foi embora também antes do encerramento da competição.
Antes da derrota para o Ceará e o rebaixamento, o Mogi Mirim praticamente abriu mão da Série B. A nova diretoria anunciou a contratação do técnico Toninho Cecílio, já pensando no planejamento para o Paulistão 2016, demitiu 11 jogadores e entrou em campo com muitos jogadores das categorias de base no último sábado. Perdeu do Ceará e caiu. Mas pelo menos já está pensando na próxima temporada, onde tentará não repetir os erros de 2015.
Cara de Palhaço, Pinta de Palhaço Parte I. Niterói RJ.
Há 24 minutos
Um comentário:
História triste... Espero que deêm a volta por cima.
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