quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Após 45 dias de gancho, Antônio Carlos volta ao banco de reservas do São Caetano

Após 45 dias de gancho por ter invadido o gramado para festejar o gol da vitória do São Caetano por 2 a 1 diante do Brasiliense, em casa, o técnico Antônio Carlos Zago finalmente teve o recurso aceito integralmente pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e está liberado para comandar a equipe do banco de reservas nesta reta final da Série B do Campeonato Brasileiro.

Antônio Carlos deixará a arquibancada e voltará ao banco de reservas na partida contra o ABC-RN, no próximo dia 16, no estádio Anacleto Campanella. Ele havia sido punido com 120 dias de suspensão pelo STJD.

Em defesa do treinador, o advogado do São Caetano, Paulo Rubens, alegou que a invasão tratada no artigo 274 do CBJD é com dolo, com o objetivo de praticar outra infração e, por isso, o código prevê uma penalidade excessiva. Ele ainda afirmou que o técnico apenas adentrou o campo para comemorar um gol da sua equipe, no último minuto de jogo, e que essa atitude não se enquadra no artigo.

- Prevaleceu o bom senso. Fiquei 45 dias sem poder exercer minha função por algo que não atrapalhou um jogo que estava parado. Foi um momento de alegria. Enquanto isso, fiquei todo esse tempo sendo ajudado pelos meus auxiliares, Wellington Berto (que ficou no banco desde o jogo do Vila Nova) e Ivan Baitello. Todos, inclusive a diretoria, me deram retaguarda em um momento em que tivemos confrontos diretos. Mas acabou. Vou dormir em paz hoje”, desabafou Zago, ao sair do julgamento.

DECISÃO

Em sua decisão, o auditor-relator Francisco Müssnich, disse que o técnico foi apenado objetivamente, mas fora do princípio básico da razoabilidade. Ele ainda destacou o “ímpeto natural de comemorar o gol com seus jogadores”. Assim, votou pela reforma da decisão, absolvendo Zago.

Os demais auditores seguiram o seu voto. Zago foi denunciado no artigo 274 (invadir local destinado à partida durante sua realização) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

- Acho que a justiça foi feita. Agora é voltar para São Caetano e encontrar o elenco, o qual tenho confiança e que acredita no acesso. Temos chances e ela não acabará se depender de nós - finalizou o técnico, que foi ao Rio acompanhado do presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza.

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