A Associação Atlética Ponte Preta, primeiro time do Brasil a ter negros tanto em campo quanto em seus quadros diretivos desde a fundação em 11 de agosto de 1900, vem a público repudiar com veemência a atitude isolada de torcedores gremistas que ofenderam com atitudes de preconceito e racismo o goleiro Aranha na partida entre Santos e Grêmio. Mais ainda, o time se solidariza com o arqueiro que já defendeu as cores da Macaca e é ídolo no Majestoso, além de pessoa íntegra e profissional ilibado.
``A única raça no futebol é a raça que os jogadores exibem em campo e este tipo de atitude tem de ser rechaçada. Aqui na Ponte nossa torcida, nos primórdios do clube, era hostilizada onde ia e chamada de macacada, por ter muitos negros e pessoas simples, de origem operária. Transformamos o preconceito em orgulho e adotamos o apelido: aqui somos todos macacos e é assim que deve ser em todo o Brasil, todas as pessoas são iguais´´, diz o presidente Márcio Della Volpe.
Os jogadores alvinegros engrossam o coro contra o preconceito.
``É ridículo nos dias de hoje as pessoas ainda fazerem esse tipo de coisa, é muita idiotice. Isso tem que acabar no futebol e fora dele´´, defende o atacante Alexandro, que inclusive se autodenomina “Macacão” desde que veio para a Ponte, em um gesto de brincadeira e identificação com o clube.
O meia Adrianinho, que inclusive foi colega de Aranha no elenco alvinegro, ressalta que ninguém deveria ter que passar por uma situação onde sofre preconceito por sua etnia, orientação sexual ou religião.
``Somos todos iguais perante a Deus e as pessoas deviam ter esta noção. Sou cristão e creio firmemente que todos fomos criados à imagem dele, não entendo como alguém pode ser racista´´, pontua.
Fonte: assessoria de imprensa da Ponte Preta
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