terça-feira, 29 de outubro de 2019

Luís Carlos Martins assume comando do Noroeste na Série A3 (Terceira Divisão) do Paulista


Considerado o 
Rei do Acesso no Estado de São Paulo, o técnico Luís Carlos Martins é um dos profissionais mais bem-sucedidos de Bauru em três décadas de carreira. E agora ele une forças com o maior patrimônio esportivo do município e assume o comando do Noroeste.

Será sua quarta passagem pelo clube, onde trabalhou em 1995, 1998 e 2008. 
Luís Carlos Martins destaca que o Noroeste precisa de união de forças. Ele deseja que o empresariado bauruense e a prefeitura também possam fazer parte desta corrente. Já em relação a torcida, que ele conhece bem, aposta que estará ao lado apoiando irrestritamente.

Acostumado a treinar equipes do Paulistão e times que brigam por acesso da Série A2 (Segunda Divisão), além das Séries B e C do Brasileiro, Luís Carlos Martins trabalhou na elite de estaduais do Nordeste e Rio Grande do Sul. Ao todo, conquistou 17 acessos, a maioria coroados com títulos, como o de 1995, com o Noroeste Série A3.

O treinador recusou propostas de outros clubes para seguir seu coração noroestino em 2020. Luís Carlos Martis sempre recebia pedidos dos conterrâneos para que voltasse a treinar o Norusca.

O novo comandante do Noroeste já foi treinador do atual gerente de futebol Deda, no qual tem muita confiança e boa relação de trabalho. Eles se reunirão após a sua apresentação, na última segunda-feira (28/10) para que, juntos, tragam os reforços.

O último clube de Luís Carlos Martins foi a Portuguesa, na Série A2 (Segunda Divisão) do Paulista deste ano. Anteriormente, ele teve a maior longevidade do Estado em sua segunda passagem pelo São Caetano, desta vez por quatro anos (2014 a 2018), levando o time novamente ao Paulistão. No Azulão, ele bateu recorde de permanência e soma mais de 100 jogos (nas passagens de 1999 e 2014-2018).




Aos 64 anos, Martins destaca que chegou a hora de voltar a trabalhar no time do coração, o Noroeste.

``Sinto alegria, satisfação e orgulho em voltar ao Noroeste. A sua camisa é muito forte e respeitada fora de Bauru. Fiquei muitos anos trabalhando longe de Bauru e chegou a hora de voltar, ficar perto da família, amigos e está na hora de o Noroeste disputar a Série A2. Recebi quatro convites e o coração falou mais alto. Confio no trabalho da diretoria que está reassumindo e o que eu puder fazer pelo Noroeste, farei. Dedicação, vontade e amor ao trabalho não faltarão´´, disse.

Luís Carlos Martins fez visita surpresa no clube durante a Copa Paulista de 2019. Assistiu a um treino, conversou com Deda e demais colaboradores do clube. Perguntou sobre a estrutura, alojamentos, alimentação e saiu dizendo que ficou muito satisfeito com o que viu.



CARREIRA

O treinador recorda que a carreira de sucesso começou com seu primeiro trabalho, ainda foi fora do gramado, aos 14 anos, no antigo Posto Sem Limites, hoje Posto Graal, na rodovia Marechal Rondon, em Bauru. Depois ele passou a jogar na base do Noroeste, após ser aprovado em peneira. Na sequência, foi para o júnior do Vasco, e voltou para ser profissionalizado no Norusca.

Como volante, jogou ainda no Matsubara, Guaçuano, entre outros times. Martins encerrou a carreira cedo, com 29 anos. Depois, ele iniciou sua trajetória de treinador, aos 30, no Clube Atlético Guaçuano (SP), onde pendurou as chuteiras depois  de três temporadas como capitão do time.


Naquela sua primeira experiência, assumindo o clube na reta final da competição, ele livrou o Guaçuano do rebaixamento. Na segunda temporada como treinador, conquistou acesso com Rio Branco de Andradas (MG), na divisão de acesso do Mineiro. Depois veio sucesso meteórico, no qual o torna um dos treinadores mais requisitados do País.

Em três décadas de carreira, a lista de times comandados por Martins é grande, e de peso. Além de São Caetano, Portuguesa e Noroeste, foi técnico do Ituano, Mirassol, Santo André, São Bernardo, Oeste, Comercial, Marília, Paulista, Matonense, Bahia, Fortaleza, América-RN,  Juventude, Vila Nova, Remo, entre outros.


A
 única vez que foi auxiliar-técnico foi no Corinthians, para atender pedido e trabalhar com o amigo Oswaldo Alvarez, o Vadão, em 2000.
No São Caetano, antes da última passagem, Martins lembra período importante pelo Azulão, em 1999, onde montou a famosa equipe que conquistou o carinho do País, disputando a Copa João Havelange (2000) e fazendo a final nacional contra o Vasco.

Para aquele grupo, Martins levou o também bauruense Claudecir, volante, ex-Noroeste, que depois foi destaque no Palmeiras e jogou no Japão. Ele deixou o comando pouco antes da Copa João Havelange, entregando um timaço montado para o seu sucessor, Jair Picerni.





Fonte e foto: site oficial do Noroeste (Bruno Freitas)

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